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Paulo Teixeira Pinto defende que OPA à EDP é “muito improvável”

Paulo Teixeira Pinto sublinha que o modelo dos accionistas é para manter. E desvaloriza uma eventual ofensiva sobre o capital da EDP. Ontem, a eléctrica disparou quase 8% na Bolsa de Lisboa.

28 de Setembro de 2006 às 08:01
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Paulo Teixeira Pinto sublinha que o modelo dos accionistas é para manter. E desvaloriza uma eventual ofensiva sobre o capital da EDP. Ontem, a eléctrica disparou quase 8% na Bolsa de Lisboa.

Apesar das recentes movimentações no mercado ibérico de energia, uma OPA sobre a EDP permanece como cenário "muito improvável", disse Teixeira Pinto ao "Diário Económico".


A garantia é do presidente do Millenium BCP, Paulo Teixeira Pinto, que acrescenta outra certeza: "os principais accionistas privados assumiram um modelo e uma equipa de gestão. E "essa autonomia estratégia é para manter", remata.


Os últimos dias ficaram marcado pela entrada de duas construtoras espanholas - Acciona e ACS - para o capital da Endesa e Iberdrola, respectivamente, uma resposta nacional à Opa lançada pela E.on.


Ontem, estes movimentos tiveram um efeito directo na EDP, que negociou mais de 132 milhões de títulos - o maior volume de sempre.


Para já, o accionista BCP mantém-se atento a estas movimentações, admite Paulo Teixeira Pinto, mas desvaloriza a hipótese de uma ofensiva estrangeira sobre o total do capital da EDP.


Por definir continua o futuro papel da Iberdrola na EDP, que detém hoje 9,5% do capital da empresa, sendo hoje o maior accionista depois do Estado. A eléctrica espanhola nunca escondeu o seu interesse em estabelecer uma parceria estratégica com a EDP, o que tem motivado algum desconforto quer entre o Estado, quer entre alguns dos accionistas.


Um dos momentos mais tensos foi a polémica que rodeou a alteração do modelo de governação da EDP, processo que visou impedir o acesso directo da eléctrica espanhola à gestão da empresa portuguesa, seu concorrente directo em Portugal e Espanha.
Em simultaneo foi também criado um Conselho Geral e de Supervisão, onde têm hoje assento os accionistas com mais de 2% do capital. Também aqui a Iberdrola ficou de fora por se tratar de um órgão onde é definida a estratégia da empresa.


Actualmente, o Estado continua a ser o maior  maior accionista da empresa - via Parpública, Direcção Geral do Tesouro e Caixa Geral de Depósitos - contando ainda com a blindagem prevista nos estatutos da empresa. Independentemente da sua percentagem no capital todos os direitos de voto dos accionistas estão limitados a 5%.

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