Notícia
Paula Amorim: "Viemos para ficar e lançar as bases para mais 150 anos"
Grupo Amorim assinala hoje o 150.º aniversário. Paula Amorim assinalou que António Rios Amorim "é indiscutivelmente o gestor certo" para estar à frente da Corticeira Amorim.
O Grupo Amorim registou um percurso "duro e difícil" ao longo dos seus 150 anos de história, que só foi "ultrapassado por uma vontade inabalável de fazer coisas", assinalou Paula Amorim esta quinta-feira.
As declarações da empresária foram efetuadas num evento de celebração dos 150 anos do Grupo Amorim que decorreu na Amorim & Irmãos, em Santa Maria de Lamas, onde foi construída a primeira grande fábrica de rolhas da família.
"Viemos para ficar e lançar as bases para mais 150 anos", prometeu Paula Amorim, assinalando que "a tudo sobrevivemos e tudo ultrapassamos. Fomos audazes, visionários, ambientalistas numa altura em que não se falava de ambiente. Internacionalizamos, desafiamos o poder político quando não nos deixaram crescer".
O Grupo Amorim foi fundado em 1870 pelo avô do empresário Américo Amorim, que assume a direção a partir dos anos 50. Nas décadas que se seguiram foi diversificando as áreas de negócio, juntando à cortiça participações na banca, no imobiliário, na energia, na floresta e nos vinhos.
Sobre a cortiça, que esteve na génese do grupo, Paula Amorim assinalou que António Rios Amorim, "um apaixonado pela cortiça (…) é indiscutivelmente o gestor certo para esta fase do grupo", que enfrenta desafios que "exigem o melhor de nós".
No início do evento, Paula Amorim dedicou as primeiras palavras ao seu tio António Ferreira Amorim "pela entrega" e "energia", que "para mim e para as minhas irmãs é uma perpetuação da vida do nosso querido e saudoso pai".
"Américo Amorim era uma pessoa de grande visão, que não tinha medo e gostava de correr riscos", assinalou Paula Amorim, assinalando que o grupo nasceu da união entre nove irmãos "no crescimento e numa visão" que deu origem à "criação da maior fábrica de rolhas do norte" em 1870.
Depois disso, o Grupo Amorim "tornou-se um conglomerado com a criação de empresas em vários setores e fomos os promotores do BCP e estivemos no lançamento da Telecel, atual Vodafone", recordou Paula Amorim.