Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Património dos fundos de pensões sofre erosão de 855 milhões

A queda generalizada dos mercados de capitais no ano passado, já se sabe, arrastou as rentabilidades dos fundos de pensões. O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) já tinha revelado uma erosão do património sob gestão dos fundos de pensões (abertos e fechados) de 9,5% (esta contabiliza o património, mas também tem em conta as contribuições, excluindo as pensões pagas).

13 de Abril de 2009 às 00:01
  • ...
A queda generalizada dos mercados de capitais no ano passado, já se sabe, arrastou as rentabilidades dos fundos de pensões. O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) já tinha revelado uma erosão do património sob gestão dos fundos de pensões (abertos e fechados) de 9,5% (esta contabiliza o património, mas também tem em conta as contribuições, excluindo as pensões pagas). A Mercer contabilizou essas perdas em 7%. E a Watson Wyatt contabilizava a desvalorização em 15%.

A maioria das empresas não financeiras cotadas que já divulgaram o desempenho dos planos de pensões teve um desempenho pior que as estimativas mais optimistas, mas melhor do que a mais pessimista.

Considerando apenas o valor dos activos das empresas analisadas (PT, EDP, REN, Portucel, Brisa, Impresa e Jerónimo Martins) o património sofreu uma erosão superior a 855 milhões de euros, o que contribuiu para aumentar o défice conjunto em 500 milhões de euros, atingindo um valor global de 2,8 mil milhões.

Estas sete empresas têm activos avaliados em três mil milhões de euros, face a responsabilidades de 5,8 mil milhões de euros. No entanto, há algumas que têm fundos excedentários, ou seja, cujo valor dos activos é superior às responsabilidades apuradas. É o caso, por exemplo, da Brisa (1,6 milhões de euros) e da Impresa (845 mil euros).

A queda dos mercados no ano passado levou mesmo a que os planos de pensões da REN passassem de uma situação excedentária para uma deficitária, ainda que sejam valores baixos para o nível de meios gerados pela empresa. Já no caso da Portucel, que tem responsabilidades de 140,8 milhões de euros, o défice é de 21,9 milhões de euros.

Ainda assim, a Portucel foi a empresa que, das analisadas, teve uma queda menor na evolução dos activos. Estes caíram 4,8%, quando nos pressupostos do fundo se previa uma valorização de 5,5%.

logo_empresas
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio