A Abertis vai proceder à cisão do negócio de gestão de parques de estacionamento e logísticos, a qual pretende vender a outros investidores.

De acordo com o comunicado feito hoje pela empresa, a Abertis vai cindir os activos e negócios de estacionamento e logística numa nova sociedade não cotada, que se designará Saba Infraestructuras, vendendo, posteriormente, parte do seu capital a novos investidores.

As outras três divisões da companhia - auto-estradas, telecomunicações e aeroportos - integram outra sociedades, a Abertis Infraestructuras, que continuará cotada em bolsa e que manterá a actual estrutura accionista, controlada pela La Caixa, CVC e ACS.

A empresa divide, assim, cinco área de negócios por duas sociedades distintas.

"Com esta reorganização, as duas companhias pretende dar um maior enfoque aos recursos disponíveis num contexto em que uma aposta no crescimento exige maior capitalização dos projectos em carteir", explica a Abertis em comunicado. A empresa diz ainda que esta reorganização "permitirá dotar as sociedades com recursos necessários para que cada um dos actuais cinco negócios de Abertis disponham de capitais e de margem suficiente que permita enfrentar una nova etapa de crescimento e de renovação do portfólio de activos".

O processo passa pela distribuição de um dividendo extraordinário que os actuais accionistas da Abertis Infraestructuras podem receber em acções da nova Saba ou em numerário.

Os negócios da Saba Infraestructuras representam 4,6% das receitas consolidadas do Grupo Abertis, 3,5% do EBITDA e 5,8% do activo total.

A empresa não revela quando espera ter o processo concluído.

Esta reorganização não deve ter impacto na participação accionista que a Abertis tem na Brisa de 14,6%. No entanto, terá impacto no mercado nacional, já que a Abertis gere alguns parques de estacionamento em Portugal. Através da Spel, a empresa gere cerca de 17 mil lugares em Lisboa, Porto, Leiria, Portimão, Viseu e Matosinhos.

Na logística, está a desenvolver, em Vila Franca de Xira, o Logisticspark Lisboa, que ocupará uma extensão de 100 hectares de terreno.