Notícia
Parmalat recusa contratos cambiais de 241,6 milhões à UBS
O presidente da Parmalat Finanziaria, Enrico Bondi, recusa-se a respeitar cinco contratos cambiais no valor de 241,6 milhões de euros que a UBS acordou com a fabricante de lacticínios nos quatro meses que antecederam ao maior caso de falência da Itália.
O presidente da Parmalat Finanziaria, Enrico Bondi, recusa-se a respeitar cinco contratos cambiais no valor de 241,6 milhões de euros que a UBS acordou com a fabricante de lacticínios nos quatro meses que antecederam ao maior caso de falência da Itália.
Bondi alega que o UBS, o maior banco da Europa, não estava habilitado a lucrar 25,16 milhões de euros sobre as opções pela mesma não terem carácter executório sob a legislação italiana, de acordo com documentos a que a Blommberg teve acesso.
Opções são acordos, para compra ou venda, a uma determinada taxa numa data pré-estabelecida.
Os promotores de justiça de Milão responsáveis pelas investigações à Parmalat estão a analisar se os executivos, incluindo o fundador, Calisto Tanzi, usaram a venda de opções aos bancos para esconder dívidas e prejuízos.
A Parmalat arrecadou 120 milhões de euros com estas vendas, realizadas em 2003, de acordo com o relatório dos promotores de justiça, que será citado durante o processo legal contra Tanzi e outros 28 responsáveis.
«O UBS percebeu a intenção da Parmalat, cujo intuito de fazer estas operações era o de cobrir os riscos cambiais e/ou flutuações da moeda», disse o porta-voz do banco, David Walker.
«Consideramos polémico e discordamos fortemente com a maioria dos argumentos e conclusões», segundo o mesmo responsável, referindo-se ao relatório de quase 500 páginas que será apresentado em tribunal, acrescentando que «em muito casos, achámos que eram imprecisos».