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Parmalat recusa contratos cambiais de 241,6 milhões à UBS

O presidente da Parmalat Finanziaria, Enrico Bondi, recusa-se a respeitar cinco contratos cambiais no valor de 241,6 milhões de euros que a UBS acordou com a fabricante de lacticínios nos quatro meses que antecederam ao maior caso de falência da Itália.

06 de Outubro de 2004 às 12:59
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O presidente da Parmalat Finanziaria, Enrico Bondi, recusa-se a respeitar cinco contratos cambiais no valor de 241,6 milhões de euros que a UBS acordou com a fabricante de lacticínios nos quatro meses que antecederam ao maior caso de falência da Itália.

Bondi alega que o UBS, o maior banco da Europa, não estava habilitado a lucrar 25,16 milhões de euros sobre as opções pela mesma não terem carácter executório sob a legislação italiana, de acordo com documentos a que a Blommberg teve acesso.

Opções são acordos, para compra ou venda, a uma determinada taxa numa data pré-estabelecida.

Os promotores de justiça de Milão responsáveis pelas investigações à Parmalat estão a analisar se os executivos, incluindo o fundador, Calisto Tanzi, usaram a venda de opções aos bancos para esconder dívidas e prejuízos.

A Parmalat arrecadou 120 milhões de euros com estas vendas, realizadas em 2003, de acordo com o relatório dos promotores de justiça, que será citado durante o processo legal contra Tanzi e outros 28 responsáveis.

«O UBS percebeu a intenção da Parmalat, cujo intuito de fazer estas operações era o de cobrir os riscos cambiais e/ou flutuações da moeda», disse o porta-voz do banco, David Walker.

«Consideramos polémico e discordamos fortemente com a maioria dos argumentos e conclusões», segundo o mesmo responsável, referindo-se ao relatório de quase 500 páginas que será apresentado em tribunal, acrescentando que «em muito casos, achámos que eram imprecisos».

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