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ParaRede regista prejuízos de 14 milhões de euros em 2005 (act)

A ParaRede anunciou hoje que os resultados líquidos de 2005 foram negativos em 13,97 milhões de euros, um valor que compara com os lucros de 5,4 milhões de euros registados no ano anterior. A empresa foi penalizada pelas rubricas de impostos e custos não

05 de Maio de 2006 às 17:43
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A ParaRede anunciou hoje que os resultados líquidos de 2005 foram negativos em 13,97 milhões de euros, um valor que compara com os lucros de 5,4 milhões de euros registados no ano anterior. A empresa foi penalizada pelas rubricas de impostos e custos não recorrentes, mas prevê que os resultados operacionais voltem a valores positivos no primeiro trimestre.

Num comunicado a empresa liderada por Paulo Ramos afirma que no ano de 2004 beneficiou com um imposto diferido de 8,4 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões de euros foram anulados no presente exercício.

Esta anulação, segundo a mesma fonte, surge depois do Ministério das Finanças ter indeferido o pedido de transmissibilidade de prejuízos fiscais relativamente à Eurociber Portugal e imposto limites à dedução anual de prejuízos fiscais provenientes das sociedades ParaRede Information and Communication Technology e ParaRede Serviços Financeiros e Administrativos.

A ParaRede [para] explica ainda a performance de 2005 com os resultados financeiros e as amortizações. «Podemos concluir que as amortizações, os resultados financeiros e o imposto sobre o rendimento influenciaram negativamente os resultados de 2005 em cerca de 3,3 milhões de euros, dos quais cerca de 1,9 milhões de euros são não recorrentes», refere a companhia.

As receitas aumentaram 44% para 54,6 milhões de euros, com a empresa a beneficiar da integração do Grupo WhatEverNet, da Damovo e a aquisição do negócio dos POS’s, bem como da venda de produtos que apresentou um incremento de 122%.

Custos operacionais não recorrentes de 6,2 milhões

Os resultados operacionais foram negativos em 11,96 milhões de euros, mais de quatro vezes superior ao de 2004, com a empresa a ser penalizada pelos agravamentos nos fornecimentos e serviços externos (73%), custos com pessoal (39%) e outros custos, que ascenderam a 4,55 milhões de euros.

Para esta rubrica contribuiu cerca de 1,1 milhões de euros de custos de reorganização interna cujo reflexo positivo se fará naturalmente sentir já em 2006. Por outro lado foram contabilizados cerca de 0,6 milhões de euros relativos a custos de arranque da operação em Angola.

A rubrica outros ganhos e perdas líquidas inclui ainda 2,5 milhões de euros de provisões extraordinárias para clientes e cerca de 2 milhões de euros de custo resultante do acordo estabelecido com a Lusa no sentido de interromper o projecto existente antes do prazo previsto (acordo este que foi divulgado ao mercado nos primeiros dias do ano de 2006).

O resultado operacional bruto de 2005 está assim, segundo a ParaRede, influenciado com cerca de 6,2 milhões de euros de custos não recorrentes, que caso não se tivessem verificado tornaria o resultado operacional bruto em cerca de 4,4 milhões de euros negativos.

Resultados operacionais brutos positivos no primeiro trimestre

Para o primeiro trimestre deste ano a empresa está mais optimista, antevendo resultados operacionais positivos.

«As medidas tomadas em 2005, nomeadamente, o investimento efectuado na redução de custos fixos, a resolução do atraso na certificação dos novos POS’s bem como a selecção de projectos na área de serviços de maior valor acrescentado, permitem perspectivar que o Resultado Operacional Bruto volte a valores positivos já no primeiro trimestre de 2006», refere o comunicado da empresa.

A ParaRede foi das últimas cotadas nacionais a apresentar as contas de 2005, mas os resultados do primeiro trimestre serão já conhecidos na próxima semana.

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