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Papelaria Fernandes declara-se insolvente em tribunal

A sociedade Papelaria Fernandes, cujas acções se mantêm suspensas na praça lisboeta, declarou-se hoje insolvente no Tribunal de Comércio de Lisboa, comunicou a administração da companhia, que tem agora 30 dias para apresentar um plano de viabilização financeira.

21 de Abril de 2009 às 17:33
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A sociedade Papelaria Fernandes, cujas acções se mantêm suspensas na praça lisboeta, declarou-se hoje insolvente no Tribunal de Comércio de Lisboa, comunicou a administração da companhia, que tem agora 30 dias para apresentar um plano de viabilização financeira.


Em comunicado ao mercado, a administração da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio informou que “hoje foi entregue no Tribunal de Comércio de Lisboa um requerimento de declaração de insolvência” da sociedade “com pedido de administração pelo devedor e posterior apresentação de um plano de insolvência”.


A decisão de avançar com o pedido de insolvência na Justiça pela companhia, que tem a Fundação Ernesto Estrada, José Morgado Henriques e Joe Berardo como principais accionistas, foi decidida em assembleia geral realizada no passado dia 30 de Março. A dívida acumulada da empresa totalizada, segundo a proposta de apresentação de resultados relativo a 2008, a um total de 63,5 milhões de euros, dos quais perto de 80% ao grupo financeiro BCP.


O que foi pedido agora ao Tribunal, adianta a nota hoje divulgada ao mercado, é que: “a sociedade seja declarada insolvente, com as demais consequências legais”; que a “administração da massa insolvente seja assegurada pela sociedade requerente”, leia-se Papelaria Fernandes, “comprometendo-se esta a apresentar, no prazo de 30 dias após a subsequente declaração um plano de insolvência” com o objectivo de “continuidade da exploração da empresa por si própria”; e, por último, que “seja nomeado para administrador de insolvência Carlos Cintra Torres”.


O comunicado acrescenta ainda que na petição “será posteriormente requerido que os processos de insolvência das sociedades participadas venham a ser apensados” ao da Papelaria Fernandes, para “assegurar a sua viabilização”, que passa “por condensar e ceder activos daquelas a uma nova empresa a criar”.


As acções da papelaria Fernandes foram suspensas por decisão da CMVM em Março passado, na sequência das primeiras informações confirmadas sobre a decisão de avançar com o plano de insolvência é de que a administração iria requerer à Euronext a exclusão dos títulos da negociação do mercado regulamentado.



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