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Pandemia arrasta fusões e aquisições para mínimos de mais de uma década

Em 2020, foram concluídos 674 grandes negócios de fusão ou aquisição (avaliados em mais de 100 milhões de euros), o número mais baixo desde 2009.

A aquisição do Bankia pelo CaixaBank foi uma das maiores operações na Europa no ano passado. Reuters
03 de Fevereiro de 2021 às 13:22
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A pandemia arrastou as operações de fusões e aquisições, a nível mundial, para o nível mais baixo desde a última crise financeira. Em 2020, só foram concluídos 674 grandes negócios de fusão ou aquisição (avaliados em mais de 100 milhões de euros), o número mais baixo desde 2009.

Os dados, divulgados esta quarta-feira, 3 de fevereiro, são da consultora Willis Towers Watson e constam do mais recente relatório trimestral sobre a atividade de fusões e aquisições, relativo ao quarto trimestre do ano passado.

A consultora dá conta de que, nos últimos três meses de 2020, houve um "aumento acentuado no volume" de fusões e aquisições a nível mundial, com um total de 246 negócios concluídos neste período, acima dos 210 que se registaram no quarto trimestre de 2019.

"Este ressurgimento tem sido impulsionado por um forte aumento na atividade de compradores norte-americanos, com um número recorde de negócios no último trimestre, combinado com o primeiro desempenho trimestral positivo da região em três anos", indica a consultora.

Esta recuperação na reta final de 2020 não foi, contudo, suficiente para compensar as quebras do conjunto do ano. Os responsáveis da Willis Towers Watson acreditam, ainda assim, que "existem condições" para que 2021 seja "um dos maiores anos de fusões e aquisições já alguma vez registados", apesar de a incerteza em torno da pandemia se manter este ano.

A consultora prevê que os setores de viagens e turismo, retalho e imobiliário serão os mais impactados pela onda de consolidação e reestruturações em 2021 e aponta ainda para um redesenho do mapa das fusões e aquisições este ano.

"Devido ao ritmo de adoção de tecnologia durante a pandemia, os critérios para a concretização de negócios alteraram-se substancialmente, com a localização a cair na lista de prioridades para os compradores. Em vez de procurar em Nova Iorque ou Londres, um grande banco que procure comprar uma 'fintech', por exemplo, terá maior probabilidade de olhar para novos mercados, para aceder ao talento certo", prevê a consultora.
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