A Orey Antunes registou uma quebra nos resultados líquidos no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2006, caindo de 697 milhares de euros para um resultado negativo de 339 milhares de euros em 2007. A empresa justifica a diminuição das vendas e consequente quebra de resultados com a perda de negócio de navegação com a P&O Nedloyd e Grimaldi Lines.

"É visível a perda de negócio de navegação que em 2006 o Grupo Orey agenciava para os armadores P&O Nedlloyd e Grimaldi Lines" e que "gerou uma significativa  redução de actividade da área de navegação em Portugal e Angola, afectando as vendas e os resultados", diz a Orey Antunes em comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Neste contexto, as vendas consolidadas caíram 7,1 milhões de euros, passando de 19,4 milhões de euros em 2006 para 12,3 milhões de euros no final de 2007. Ou seja, uma quebra de 36,6%. Em base comparável, retirando o efeito do negócio de Angola, esta redução das vendas representa 23,1%, ascendendo a 3,7 milhões de euros.

A margem bruta teve um decréscimo de 19,1% face ao mesmo período de 2006,passando de 4,8 milhões de euros em 2006 para 3,9 milhões de euros em 2007.

Já o EBITDA ("cash-flow" operacional) teve uma descida de 84,6% face ao mesmo período de 2006, passando de 1,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano  passado para 200 mil euros em 2007.

O EBIT teve um decréscimo de 113,7% face ao mesmo período de 2006, passando de 1,0 milhões de euros em 2006 para 100 mil euros em 2007.

Na área financeira, o grupo registou um crescimento significativo do negócio na Orey Financial Brasil, confirmando as expectativas cridas com a aquisição da sociedade MCA Economy em 2006.

Orey Antunes falha plano de aquisições

A empresa diz que ao longo deste ano, o Grupo Orey Antunes vai manter o esforço de adaptação à menor dimensão do negócio de navegação em Portugal, "o que acarretou custos significativos".

Em paralelo, a Orey Antunes vai proceder ao relançamento da actividade de Navegação em Angola, após a perda da agência da Grimaldi, através da dinamização do negócio de trânsitos, lançando as bases para um crescimento sustentado no futuro.

O plano de negócios da empresa, divulgado com o anúncio da operação de reforço de capitais, em Julho de 2006, previa um conjunto de aquisição de empresas dos sectores de "shipping" e financeiro, com o objectivo de aumentar o volume de negócios e de resultados.

"Não tendo sido possível, até ao momento, concretizar o plano anunciado, fica consequentemente adiada a capacidade de atingir os referidos volumes de negócio e de resultados", diz ainda a Orey Antunes.