A oferta pública de aquisição (OPA) que os brasileiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciaram sobre a Cimpor inibiu a Teixeira Duarte (TD), maior accionista da empresa com 22,3%, de avançar com o pedido de convocatória de uma assembleia geral (AG) extraordinária destinada a destituir o presidente da administração e agora também líder da comissão executiva (CEO), Ricardo Bayão Horta.

Ao que o Negócios apurou, era intenção da construtora avançar esta semana com o pedido de marcação da reunião de accionistas, para discutir ainda a renovação da equipa de gestão.

Esta seria a resposta da TD à destituição de Salavessa Moura do cargo de CEO da cimenteira, depois de Bayão Horta, até aí aliado da construtora, ter votado ao lado dos representantes de Manuel Fino e Lafarge no conselho da empresa. Foi esta iniciativa que permitiu que o "chairman" da empresa passasse a acumular também o cargo de líder executivo.

A OPA à Cimpor foi anunciada sexta-feira de manhã pela CSN e ao final do dia a Camargo Corrêa já enviava ao mercado a sua posição sobre a oferta, confirmando os rumores de que a Cimpor é um alvo da empresa brasileira já presente no sector dos cimentos.