A ONI, operadora de telecomunicações detida pela Electricidade de Portugal (EDP), não está a desenvolver negociações visando uma possível fusão na rede fixa com a Jazztel, nem com outras operadoras a actuar em Portugal, disse hoje Norton de Matos, presidente da empresa.

Neste momento «não há negociações» com a Jazztel visando uma fusão das operações de rede fixa, afirmou Norton de Matos, à margem da conferência «O Futuro das Comunicações», organizada pelo Instituto Superior de Engenharia e Gestão (ISEG).

Na semana passada, o presidente da Jazztel, Martin Varsavski, adiantou em entrevista ao Negocios.pt que a operadora ibérica estava a «conversar» com a EDP [EDP], France Telecom, Sonae.com [SNC] e Retivision para fundir subsidiárias nas telecomunicações fixas em Portugal Espanha, com vista a concorrer com a Portugal Telecom (PT) [PTC] e a Telefónica.

Norton de Matos sublinhou, no entanto, que «estão sempre a existir conversas, nem que seja para debater estratégias ou ajustar posições face ao operador incumbente», mas negou a existência de negociações tanto com a Jazztel como com outras concorrentes, como a Novis, controlada pela Sonae.com.

Apesar de não afastar a possibilidade de participar em operações de concentração no futuro, o presidente da ONI referiu que a operadora aposta no «longo prazo», com o seu plano de negócio a estar focado no «crescimento orgânico».

ONI Way arranca actividade no primeiro semestre

Norton de Matos reiterou que a Oni Way vai iniciar as suas operações nas telecomunicações móveis no decorrer do primeiro semestre deste ano, apesar de não confirmar a data de 9 de Maio, que havia sido avançada anteriormente por António Vidigal, presidente executivo da ONI Way, para o arranque do serviço.

A mesma fonte sublinhou que a empresa mantém a intenção de avançar com a oferta comercial de serviços de terceira geração móvel, ou «Universal Mobile Telecommunications System» (UMTS) antes do final do ano.

As acções da EDP seguiam a ganhar 0,43% para os 2,34 euros.