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O papel da Caixa na definição da administração da PT

As propostas para os órgãos sociais na Portugal Telecom têm sido, nos últimos anos, assinadas pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Espírito Santo.

23 de Março de 2012 às 10:37
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As propostas para os órgãos sociais na Portugal Telecom têm sido assinadas, nos últimos anos, inicialmente pelo BES e Caixa Geral de Depósitos, merecendo depois apoio de outros accionistas nomeadamente os que integram a administração como a Ongoing e a Visabeira.

Apesar de já não haver "golden share", acaba por ser a presença da Caixa que dita alguma interferência política na escolha dos administradores para a PT. A Caixa tem 6,23% da operadora. No entanto este ano questionava-se a intervenção da Caixa nessa definição, uma vez que é pública a intenção do banco estatal se concentrar nas actividades financeiras, alienando as participações industriais, segundo declarou José de Matos, presidente da CGD. Aliás, isso mesmo está expresso no memorando assinado entre o Governo e a troika.

Daí que estando publicamente vendedora da participação da PT, a Caixa ainda irá nomear os administradores a que até agora tinha direito? A Caixa tinha, por regra, dois administradores, que faziam parte da sua própria gestão, além de ter voz activa na escolha dos restantes elementos.

Na administração que termina agora o mandato, a Caixa tinha Jorge Tomé, que recentemente pediu a resignação por ter saído do banco público, e Francisco Bandeira, que apesar de já não ser administrador da Caixa se manteve na PT por continuar a estar no banco público.

A escolha dos administradores da PT obedece sempre a um equilíbrio de poderes entre Caixa e BES (Banco Espírito Santo), que é a voz de comando da operadora. Nos anos mais recentes um terceiro elemento foi introduzido - a Ongoing que pretende ter mais poder do que o actual, nomeadamente mais elementos. No entanto, mesmo na última eleição a proposta só vinha assinada pela Caixa e BES.

Este ano, no entanto, haverá outro accionista a envolver-se nas escolhas: a Oi. Ainda que sendo de fora, aprovará os nomes portugueses escolhidos pelos accionistas nacionais.
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