Notícia
NYSE lança hoje plataforma de negociação alternativa com comissões mais baixas
A NYSE Euronext lançou hoje a NYSE Arca Europe, uma plataforma de negociação alternativa que vai concorrer com outros mercados, cobrando comissões mais baixas. Os intermediários financeiros portugueses já solicitaram informações à bolsa de Lisboa, mas não formalizaram qualquer pedido de ligação à nova plataforma.
09 de Março de 2009 às 17:43
A NYSE Euronext lançou hoje a NYSE Arca Europe, uma plataforma de negociação alternativa que vai concorrer com outros mercados, cobrando comissões mais baixas. Os intermediários financeiros portugueses já solicitaram informações à bolsa de Lisboa, mas não formalizaram qualquer pedido de ligação à nova plataforma.
A NYSE Arca Europe vai permitir transaccionar 377 acções da Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia e Suiça, esclarece a NYSE Euronext, num comunicado hoje divulgado.
Numa segunda fase, a plataforma vai passar a permitir também o acesso a papéis da Irlanda e do Reino Unido.
De acordo com uma fonte da Euronext Lisbon, as corretoras e bancos portugueses podem pedir à bolsa de Lisboa uma extensão para negociar também nesta plataforma, que dá acesso a preços mais baratos do que os nos mercados regulamentados.
Segundo o Negócios apurou, nenhum intermediário solicitou a ligação, embora já tenham pedido informação. Nos últimos meses, as plataformas alternativas têm vindo a ganhar espaço nos mercados mundiais, o que tem levado as principais bolsas a lançar modelos de negociação semelhantes, com comissões mais baixas.
Com um limite de ordens sobre os títulos negociados nos mercados europeus da Euronext e sobre as acções mais líquidas de 11 países, as ordens dadas na plataforma serão divulgadas em tempo real nos sistemas da NYSE Euronext.
A criação de plataformas de negociação multilateral como alternativa aos mercados tradicionais foi introduzida pela directiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros, que entrou em vigor em Novembro de 2007. A nova legislação visou aumentar a concorrência na União Europeia, promovendo uma maior eficiência na transacção de produtos financeiros e custos mais baixos.
Desde então já surgiram vários projectos na Europa, um deles em Portugal. O PEX, que já actuava como mercado não regulamentado, opera desde Junho como plataforma de negociação multilateral, transaccionando não só acções mas também “warrants”, certificados, obrigações e unidades de participação em fundos.
O Chi-X foi a primeira plataforma a surgir na Europa, há cerca de dois anos. Com sede em Londres, em Fevereiro captou 15% do volume sobre as acções transaccionadas no índice FTSE. A NYSE Arca Europe vai concorrer ainda com a Bats, o Nasdaq OMX e a Turquoise, uma plataforma criada por nove bancos internacionais: BNP Paribas, Deutsche Bank, Credit Suisse, Citigroup, Goldman Sachs, Merrill Lynh, Morgan Stanley Société Générale e UBS.
A Turquoise reclama uma quota de mercado de 5,71% na Europa, com 25,9 mil milhões de euros transaccionados em Janeiro. Os emitentes portugueses surgem na 12ª posição, com mais de 8,5 milhões de euros em ordens sobre cotadas da bolsa de Lisboa, através de 2782 negócios.
Além da NYSE Arca Europe, foi hoje lançada a SmartPool, uma plataforma para a negociação de blocos de acções por parte de investidores institucionais. Estes mercados, conhecidos como “dark pools” têm sido alvo de algumas críticas uma vez que as ordens inseridas não são públicas, conhecendo-se apenas o negócio final.
A NYSE Arca Europe vai permitir transaccionar 377 acções da Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia e Suiça, esclarece a NYSE Euronext, num comunicado hoje divulgado.
De acordo com uma fonte da Euronext Lisbon, as corretoras e bancos portugueses podem pedir à bolsa de Lisboa uma extensão para negociar também nesta plataforma, que dá acesso a preços mais baratos do que os nos mercados regulamentados.
Segundo o Negócios apurou, nenhum intermediário solicitou a ligação, embora já tenham pedido informação. Nos últimos meses, as plataformas alternativas têm vindo a ganhar espaço nos mercados mundiais, o que tem levado as principais bolsas a lançar modelos de negociação semelhantes, com comissões mais baixas.
Com um limite de ordens sobre os títulos negociados nos mercados europeus da Euronext e sobre as acções mais líquidas de 11 países, as ordens dadas na plataforma serão divulgadas em tempo real nos sistemas da NYSE Euronext.
A criação de plataformas de negociação multilateral como alternativa aos mercados tradicionais foi introduzida pela directiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros, que entrou em vigor em Novembro de 2007. A nova legislação visou aumentar a concorrência na União Europeia, promovendo uma maior eficiência na transacção de produtos financeiros e custos mais baixos.
Desde então já surgiram vários projectos na Europa, um deles em Portugal. O PEX, que já actuava como mercado não regulamentado, opera desde Junho como plataforma de negociação multilateral, transaccionando não só acções mas também “warrants”, certificados, obrigações e unidades de participação em fundos.
O Chi-X foi a primeira plataforma a surgir na Europa, há cerca de dois anos. Com sede em Londres, em Fevereiro captou 15% do volume sobre as acções transaccionadas no índice FTSE. A NYSE Arca Europe vai concorrer ainda com a Bats, o Nasdaq OMX e a Turquoise, uma plataforma criada por nove bancos internacionais: BNP Paribas, Deutsche Bank, Credit Suisse, Citigroup, Goldman Sachs, Merrill Lynh, Morgan Stanley Société Générale e UBS.
A Turquoise reclama uma quota de mercado de 5,71% na Europa, com 25,9 mil milhões de euros transaccionados em Janeiro. Os emitentes portugueses surgem na 12ª posição, com mais de 8,5 milhões de euros em ordens sobre cotadas da bolsa de Lisboa, através de 2782 negócios.
Além da NYSE Arca Europe, foi hoje lançada a SmartPool, uma plataforma para a negociação de blocos de acções por parte de investidores institucionais. Estes mercados, conhecidos como “dark pools” têm sido alvo de algumas críticas uma vez que as ordens inseridas não são públicas, conhecendo-se apenas o negócio final.
