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Nos pagou mais 60.500 euros à administração em 2020
A operadora liderada por Miguel Almeida remunerou em 4,46 milhões o seu conselho de administração no ano passado, contra 4,40 milhões em 2019.
Os administradores da Nos auferiram um total de 4.465.393 euros em 2020, um aumento de 60.552 euros (1,38%) face aos 4.404.841 recebidos em 2019.
O CEO, Miguel Almeida, "levou para casa" um valor bruto de 944.488 euros, por conta da remuneração fixa (625.000 euros, contra 617.080 no ano precedente) e da participação de resultados (319.488 euros, contra 325.863 um ano antes), quando em 2019 tinha auferido 942.943 euros.
Só os administradores executivos, sublinhe-se, é que recebem a título da componente ‘participação de resultados’.
A juntar a estes valores há também o número de direitos que serão atribuídos aos membros executivos, no âmbito do plano de ações da empresa – que no caso de 2020 fazem parte do plano 2021-2024, com um período de empossamento das ações de três anos, condicionado ao desempenho futuro positivo da empresa.
O número de ações estimado a distribuir por Miguel Almeida, José Pereira da Costa, Jorge Graça, Luís Nascimento e Manuel Ramalho Eanes foi de 422.185 (314.700 em 2019), refere o relatório e contas da operadora.
À administradora Ana Paula Marques não está prevista a distribuição de ações, dado ter apresentado renúncia ao cargo no passado dia 19 de dezembro – tendo seguido para a EDP.
"O número de ações final a atribuir será apurado com base na cotação média de fecho nas 15 sessões anteriores a 31 de março ou à tomada de deliberação, pela comissão de vencimentos", refere o Relatório de Governo da Sociedade.
Dividendo à espera da AG
Recorde-se que a proposta de remuneração acionista apresentada no passado dia 10 de março pelo "board" da Nos é de 27,8 cêntimos por ação.
A ser aprovado – na assembleia geral de accionistas agendada para 21 de abril e que, tal como no ano passado, se realizará exclusivamente por meios telemáticos –, este dividendo será igual ao distribuído em 2020 por conta dos resultados do ano precedente.
No ano passado, este valor proposto foi o mais baixo desde 2017 (20 cêntimos) e traduziu a primeira redução (um ano antes tinha sido de 35 cêntimos) desde 2012 (ano em que o dividendo desceu de 16 para 12 cêntimos).