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Nokia e Microsoft confirmam parceria para enfrentar Apple e Google

Tecnológicas esperam combinar activos e criar novos serviços conjuntos para entrarem em "corrida com três cavalos". Nokia já caiu 12% em bolsa hoje.

11 de Fevereiro de 2011 às 10:12
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A Nokia vai adoptar o Windows Phone como a sua principal estratégia para os “smartphones” e o motor de busca da Microsoft, o Bing, irá potenciar o poder das pesquisas nos aparelhos da finlandesa. Estas são duas das propostas presentes na parceria hoje confirmada pela Nokia e pela Microsoft que tem como principal objectivo combater a Apple e a Google.

Ontem, a Bloomberg lançou a notícia de que uma parceria entre as empresas estaria a ser desenvolvida e esperava-se que hoje, Dia do Investidor para a Nokia, fosse anunciada uma nova estratégia para a firma. Isso veio-se a confirmar depois de Stephen Elop, CEO da Nokia, e Steve A. Ballmer, presidente executivo da Microsoft, terem feito uma declaração conjunta em Londres.

“A Nokia e a Microsoft vão juntar as suas forças para disponibilizar um ecossistema com alcance e escala global sem rival. Estamos numa corrida com três cavalos”, referiu Elop, que foi já responsável de negócios na maior empresa de software do mundo. O plano prevê a “integração de activos e a criação de serviços completamente novos”, produtos e serviços que se espera que venham a ser líderes de mercado, de acordo com a nota de imprensa das gigantes tecnológicas. No entanto, cada empresa irá manter a concentração nas suas principais competências.

Em termos mais práticos, o anúncio agora concretizado especifica que a Nokia deverá adoptar o Windows Phone como principal estratégia para o mercado dos “smartphones”, além de contribuir para a melhoria do hardware deste sistema e a possibilidade de alargar o seu mercado.

As duas empresas irão “colaborar proximamente em iniciativas de marketing conjuntas” e o próprio motor de busca da companhia criada por Bill Gates, o Bing, irá potenciar as pesquisas nos produtos e serviços da Nokia.

“Hoje em dia, os criadores, os operadores e os consumidores querem produtos móveis convincentes, o que inclui não apenas os aparelhos, mas também o software, os serviços, as aplicações e o apoio do utilizador, que completam uma grande experiência”, referiu o CEO da Nokia.

Por sua vez, o CEO da Microsoft, Steven A. Ballmer, assegurou que esta parceria possibilita uma “escala incrível, uma vasta especialização em hardware e software e uma comprovada capacidade para executar”.

Observando o negócio, o analista da CCS Insight, Ben Wood, referiu que "a Nokia esteve a fazer uma travessia no deserto durante algum tempo e é óbvio que toda a gente que olha para a empresa salienta que tem um grande problema para resolver no segmento dos 'smartphones'".


Elop tinha saído da Microsoft para renovar a Nokia

Os últimos dias têm sido atribulados para a cotada finlandesa. O CEO afirmou no final de Janeiro que a empresa “enfrenta desafios relevantes” no que diz respeito à competitividade e à execução do seu orçamento, sendo que perdeu lucros no último ano, embora tenha conseguido superar a expectativa dos analistas.

Na quarta-feira, o mesmo responsável, no cargo desde Setembro, enviou uma nota aos trabalhadores em que alertava para o facto de a empresa estar sob uma “plataforma em brasa”.

“O primeiro iPhone foi lançado em 2007, e nós continuamos a não ter um produto que se aproxime” deste conceito, defendeu em relação à perda de quota de mercado que tem registado. De acordo com a Bloomberg, a Nokia passou de uma percentagem de 50,8% para 27,1% nesse segmento, desde o lançamento do iPhone da Apple, em Junho de 2007, até ao último trimestre.

Em Setembro de 2010, Elop foi contratado para a cotada de Helsínquia depois de ter dirigido o maior departamento de negócios da Microsoft. O presidente da empresa, Jorma Ollila, tinha afirmado na altura que Stephen era “capaz de providenciar inovação e execução eficientes para a estratégia da companhia no sentido de criar valor acrescentado” para os accionistas.

Nokia já quebrou 12% na sessão de hoje

No dia 27 de Janeiro, a cotada chegou a cair 8,72% aquando das declarações de Elop sobre os desafios que a empresa enfrenta. Hoje, a Nokia já esteve a afundar 12,01%, descendo aos 7,18 euros, mas segue a deslizar 8,27% para os 7,485 euros.

A finlandesa já perdeu mais de 60% do valor das suas acções desde Junho de 2007, altura da entrada em circulação do iPhone, da Apple. Desde o início do ano, a firma já perdeu 3,29% em bolsa.

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