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Nike recupera em bolsa e Kaepernick "dá" 43 milhões em publicidade à marca

A polémica que recaiu sobre a Nike desde que lançou o seu último anúncio, no qual Kaepernick é o controverso protagonista, já terá rendido mais de 40 milhões à marca em exposição mediática, em menos de 24 horas.

6º Colin Kaepernick – “Quarterback” de futebol americano
reuters
05 de Setembro de 2018 às 20:17
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A Nike viu-se envolta em controvérsia com o seu último anúncio publicitário, que lhe valeu várias reacções negativas e uma queda generosa em bolsa. Nos mercados, a empresa já recupera, mas fora deles conta também ganhos em termos de mediatismo – mais precisamente, de 43 milhões de euros.

Desde o momento em que o ex jogador de futebol americano, Colin Kaepernick, partilhou o anúncio que fez com a Nike no Twitter, a exposição mediática da marca não tem parado de crescer. Isto, sem que a empresa tivesse de investir um cêntimo nas múltiplas aparições – estas que, de acordo com o Apex Marketing Group, foram na sua maioria "neutrais a positivas", e que desta forma renderam os mais de 40 milhões à Nike. Este benefício ultrapassa largamente os riscos de perder alguns clientes, comenta um executivo da Baker Street Advertising, citado pela Bloomberg.

A controvérsia valeu mesmo a menção na página de Twitter de uma das personalidades mais mediáticas a nível global, Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos afirmou que a Nike estava a ser "completamente devastada com fúria e boicotes" e perguntava-se se a empresa "teria alguma ideia de que assim seria". As redes sociais foram ainda inundadas pelo hashtag #BoycottNike e por imagens de clientes a destruírem os seus itens da marca.


O anúncio que inflamou os ânimos nas redes sociais e nos media queria marcar os 30 anos do slogan da Nike, o conhecido "Just do it", e dividiu as opiniões pela escolha do protagonista. Colin Kaepernick é um jogador de futebol americano que ficou conhecido por, em 2016, se ter ajoelhado em campo enquanto era entoado o hino nacional, como forma de protesto contra o racismo e a violência para com a comunidade negra que aponta na polícia americana.


Na imagem, vê-se o rosto de Kaepernick, sobre o qual se sobrepõe a frase "Acredita em algo. Mesmo que signifique sacrificar tudo" e encontram-se, mais abaixo, o logótipo e o celebrado slogan.

Contactada pela Bloomberg, a empresa não respondeu com qualquer comentário sobre as recentes escolhas publicitárias.

As acções fecharam a descer 3,2% no dia em que o anúncio foi lançado, a maior queda intradiária desde Abril, depois de a cotada ter estado a perder quase 4%. Esta quinta-feira, contudo, a empresa segue a valorizar 0,54% para os 80,03 dólares, depois de já se ter aproximado de ganhos de 1%.

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