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Nem à terceira Estado conseguiu vender o rebocador da droga

Apreendido em janeiro de 2019, com 2,5 toneladas de cocaína, avaliada em 125 milhões de euros, o Sea Scan 1 foi novamente colocado à venda online por um valor mínimo de 430 mil euros, mas o lance mais alto não foi além dos 255 mil.

24 de Agosto de 2023 às 10:03
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Na madrugada de 30 de janeiro de 2019, a 300 quilómetros a sudoeste do cabo de S. Vicente, com ondas de três metros e 20 nós de vento, uma equipa do Destacamento de Ações Especiais da Marinha Portuguesa abordou o navio Sea Scan 1, tendo detido os 11 tripulantes.

 

A embarcação estava associada a José Ramon Seguro Martinez, conotado com o tráfico internacional de estupefacientes, tendo sido encontrados a bordo mais de 2,5 toneladas de cocaína, avaliada em cerca de 125 milhões de euros. Carregada no Suriname, na América do Sul, a droga tinha como destino Portugal.

 

Os homens que seguiam no Sea Scan 1, entre os quais meia dúzia de ucranianos, foram condenados, em julho de 2020, a penas efetivas entre os seis e os dez anos de prisão.

 

A pena mais elevada foi aplicada ao neerlandês Willem Niewolt, um capitão de navios na reforma, que tinha ido levantar a embarcação, a 27 de Setembro de 2018, em nome da empresa "offshore" que adquiriu o Sea Scan 1, dois meses antes, por 900 mil euros.

 

Declarada perdida a favor do Estado, há dois anos que o Gabinete de Administração de Bens (GAB) do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) está a tentar vender esta embarcação de 45 metros de comprimento, que foi construída em 1985 e tem uma lotação máxima de 20 pessoas.

 

Depois de duas infrutíferas tentativas de venda, no verão de 2020 e em novembro passado, com um valor base de 935 mil euros e um valor mínimo de adjudicação de 796 mil euros, nem à terceira o Estado conseguiu despachar o Sea Scan 1.

 

Esta quinta-feira, pelas 10:00, o leilão online do navio foi encerrado novamente sem sucesso, tendo o lance mais alto não ido além dos 255.656,25 euros, muito abaixo do valor mínimo definido pelo IGFEJ, que desta vez estava fixado em 430.312,50 euros, tendo como valor base 506.250,00 euros.

 

 

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