O conselho de administração da Mundial Confiança vai colocar uma acção em tribunal contra os autores do anúncio publicado, hoje, no jornal inglês «Financial Times», em que o conselho de administração é acusado de não defender os interesses dos accionistas minoritários e pedindo a estes para exercerem os direitos de voto correspondentes às suas acções e o consequente bloqueio destas até 19 de Novembro.

Segundo um comunicado do grupo Mundial Confiança «este grupo de accionistas minoritários já foi longe demais com este anúncio, pois o conselho de administração sempre defendeu os interesses dos accionistas, como é visível na performance das acções nos últimos cinco anos».

O anúncio publicado hoje foi assinado por «accionistas minoritários da Mundial Confiança». Recorde-se que um grupo de accionistas minoritários composto na sua maioria por instituições controladas pelo Grupo BCP/Atlântico em conjunto com a Norwich Union, requereram ao presidente da mesa da assembleia geral da Mundial Confiança a realização de uma assembleia geral extraordinária para que entre outros pontos fosse discutido a venda ou não do Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM), reunião essa que está marcada sete de Dezembro. Contudo, fonte oficial do grupo BCP/Atlântico contactada por o Canal de Negócios afirmou «que a instituição nada tem haver com o anunciou».

As acções da seguradora encerraram a registar uma valorização de 1,41%, o que corresponde a um preço de 43,25 euros (8.670 escudos), enquanto que a instituição presidida por Jardim Gonçalves apresentava um ganho de 0,9% fixando-se nos 27,03 euros (5.419 escudos).