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Mota-Engil obtém lucros de 1,685 milhões no primeiro trimestre (atc.)

A Mota-Engil registou lucros de 1,685 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um valor que compara com resultados líquidos negativos de 387 mil euros no mesmo período do ano passado, de acordo com as novas normas internacionais de contabilidade.

16 de Maio de 2005 às 09:05
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A Mota-Engil registou lucros de 1,685 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um valor que compara com resultados líquidos negativos de 387 mil euros no mesmo período do ano passado, de acordo com as novas normas internacionais de contabilidade.

Num comunicado, a empresa diz que «este desempenho teve por base um crescimento do volume de negócios de 21% (sempre face aos valores obtidos segundo as contas reexpressas do trimestre homólogo), tendo atingido 272milhões de euros no trimestre em análise, em linha com as expectativas de evolução da actividade adiantadas no Relatório de Gestão de 2004».

O EBITDA avançou 10,6% para os 24,68 milhões de euros, tendo a margem ficado nos 9,1%. «Apesar da sazonalidade tradicional da actividade principal do grupo, verificou-se um assinalável crescimento dos resultados operacionais» que «foi obtido não só na área de construção mas também na área de ambiente e serviços, com esta a aumentar o seu peso no volume de negócios consolidado», segundo o comunicado da Mota-Engil.

Os investimentos acompanharam este desempenho, totalizando cerca de 36,5 milhões de euros, «dos quais 15,6 milhões de euros em imobilizado técnico e 20,8 milhões de euros em investimentos financeiros».

A dívida da empresa registou uma queda de 27 milhões de euros. «O grupo manteve a evolução favorável do total do endividamento que registou uma redução de 27,5 milhões de euros, face ao valor obtido em Março de 2004, para 452,5 milhões de euros. Adicionalmente, verificou-se o alargamento dos prazos de maturidade da dívida, com os montantes de médio e longo prazo a representar agora 64% do total, quando em Março de 2004 correspondiam apenas a 49%», de acordo com a mesma fonte.

A carteira de encomendas ascendeu a 1,8 mil milhões de euros, «fruto do forte crescimento do volume de negócios, tinha vindo a reduzir desde 2002». Assim, no fim do trimestre, a carteira de encomendas do grupo atingia 1,8 mil milhões de euros, acima dos 1,76 mil milhões de euros em Dezembro de 2004».

Volume de negócios da construção atinge os 151,7 milhões

Na área da construção, o primeiro trimestre foi marcado «pelo crescimento da actividade, em resultado da excelente carteira de encomendas do grupo, permitindo que a performance em Portugal da Mota-Engil Engenharia e das suas associadas nacionais tivesse atingido níveis excepcionais», de acordo com o comunicado que acrescenta que o volume de negócios em Portugal atingiu os 151,7 milhões de euros.

A impulsionar os resultados da unidade esteve a «redução do peso das obras para as concessões, evidenciando a substituição da carteira por novas obras».

«No segmento de construção internacional, registe-se o crescimento do volume de negócios em todos os mercados em que o grupo se encontra presente com especial destaque para a Europa Central, onde o total das vendas e prestações de serviços mais do que duplicou».

De acordo com o mesmo comunicado, «a área de construção alcançou, nos primeiros três meses de 2005, um volume de negócios de 249,9 milhões de euros que permitiu obter contribuições para o EBITDA de 18 milhões de euros».

No segmento de ambiente e serviços registou-se um «crescimento dos volume de negócios e melhoria das margens operacionais». Registando-se um aumento da contribuição da área de negócio para o total dos proveitos operacionais do grupo. A contribuição para os proveitos foi de cerca de 22 milhões de euros.

Na área de imobiliário e turismo registou-se uma «estagnação da actividade imobiliária», em conjunto com a sazonalidade associada ao segmento de turismo, o que fez com que «esta área tenha mantido uma contribuição muito residual para os montantes consolidados do volume de negócios e resultados», de acordo com a mesma fonte.

No segmento de concessão de transportes, o resultado foi de 1,2 milhões de euros negativos. «Com excepção da Costa de Prata, as restantes concessões encontram-se ainda em fase de construção. Destaque por outro lado, com impacto no balanço consolidado, para a correcção do valor de avaliação da participação do grupo na Lusoponte, agora registada por 65,1 milhões de euros», acrescenta o comunicado.

A empresa alerta que «tendo em conta a indefinição quanto às regras aplicáveis no âmbito do novo normativo, o grupo decidiu, até que haja uma decisão clara quanto ao seu tratamento em sede de IFRS, incluir pelo método de equivalência patrimonial as demonstrações financeiras das concessionárias e operadoras em que participa».

Os accionistas maioritários do grupo Mota-Engil realizaram uma operação de dispersão de 22% do capital da holding com o objectivo de aumentar o ‘free-float’ e potenciar a visibilidade no mercado de capitais. Como resultado desta operação foram colocadas 45 milhões de acções ao preço de 2,45 euros.

Segundo a empresa «foram alcançados os objectivos pretendidos com o lançamento da operação, nomeadamente, para a Mota-Engil, SGPS, SA: o aumento significativo do ‘free-float’ para um nível de cerca de 38%; o aumento da visibilidade, no mercado de capitais, do maior grupo de construção português».

As acções da Mota-Engil [egl] caíam 0,80% para os 2,48 euros, no dia em que a empresa inicia o pagamento do dividendo de 8 cêntimos por acção. Na sexta-feira os títulos encerraram a ganhar mais de 2%.

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