A Caixa Económica Montepio Geral registou, em 2004, um resultado líquido de 33 milhões de euros, o que se traduziu num aumento de 53,7% em relação ao ano anterior. Em 2003, os lucros da instituição ascenderam a 21,4 milhões de euros.

Segundo o comunicado emitido hoje pela instituição, «prosseguiram, em 2004, as acções de melhoria da rendibilidade, através da redução do crédito vencido, da recuperação das respectivas provisões e de um crescimento selectivo e mais diversificado dos negócios, tendo em conta as condicionantes de mercado, de natureza económica e competitiva».

No primeiro ano de Silva Lopes como presidente do Montepio, a Caixa Económica registou ainda uma melhoria da margem financeira, que subiu 5,2%.

Por sua vez, o produto bancário aumentou 5,3%, «impulsionado pelo acréscimo de 18,8% dos proveitos em comissões, decorrente da venda cruzada, interligando produtos e serviços, com produtos das empresas de seguros, de fundos de investimento e de pensões, pertencentes ao grupo Montepio Geral», refere o mesmo comunicado.

Quanto aos custos, verificou-se que a taxa de crescimento desacelerou de 5,6%, em 2003, para 4,5% em 2004.

A carteira de crédito a clientes aumentou 5,1% para 10,654 mil milhões de euros, sendo de destacar o comportamento do segmento de crédito à habitação, que subiu quase 9%.

Pela negativa, queda dos depósitos de clientes, de 4,9%, que, segundo o Montepio Geral, é «determinada pela política posta em prática de redução do custo médio desses depósitos».

Os resultados atingidos permitiram, segundo o Montepio Geral, a melhoria dos indicadores prudenciais da Caixa Económica Montepio Geral. O rácio de solvabilidade, na óptica do Banco de Portugal, fixou-se em 11,4%, enquanto o Tier 1 estabilizou nos 7,5%.

De acordo com os criterios do BIS, o rácio de solvabilidade correspondeu a 12,9% e o Tier 1 a 7,7%, contra 12,8% e 7,2%, respectivamente, em 2003.

Em 2004, a Associação Mutualista do Montepio Geral, que controla a caixa económica, atingiu cerca de 292 mil asociados, o que se traduziu na entrada de mais 53 mil novos associados em relação a 2003.