Notícia
Miguel Almeida: Anacom tem o "dom de ver tudo sob a perspetiva negativa"
Presidente executivo da Nos considera que as obrigações do regulador para 2023, em matéria de 5G, deveriam ser revistas face ao atraso no concurso.
04 de Julho de 2022 às 20:31
O presidente executivo da Nos defendeu esta segunda-feira que a Anacom tem o dom de ver tudo sob a perspetiva negativa, considerando ainda que as obrigações para 2023, em matéria de 5G, deveriam ser revistas face ao atraso no concurso.
"A Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] tem este dom de, sistematicamente, ver tudo sob a perspetiva negativa e de atacar as empresas do setor. O leilão [de 5G], por incompetência e inoperância do regulador, durou quase um ano", afirmou Miguel Almeida aos jornalistas, à margem da inauguração do Hub 5G da Nos, em Lisboa.
A Nos é a operadora que instalou maior número de estações 5G até agora, seguida da Vodafone e Meo (Altice Portugal), de acordo com o primeiro balanço sobre o desenvolvimento desta nova tecnologia divulgado pela Anacom.
"A Nos foi o operador que até ao momento instalou um maior número de estações 5G, 1.937 estações (66%), seguindo-se a Vodafone com 534 estações (18%) e a Meo com 447 estações (15%)", refere a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que divulga hoje "um primeiro balanço sobre o desenvolvimento observado nas redes móveis de última geração".
Em termos de número de estações de base já instaladas com tecnologia 5G, o número total, e de acordo com a informação reportada à Anacom até final dos primeiros seis meses do ano, "ascende a 2.918 estações espalhadas por 198 concelhos (64% dos concelhos no país) e 859 freguesias (28% das freguesias no país)".
A maior parte das estações 5G (79%), ou seja, 2.316, está localizada em áreas predominantemente urbanas, 11% (325) estão em áreas medianamente urbanas e apenas 10% (277) em áreas predominantemente rurais.
Nas freguesias de baixa densidade, "a esmagadora maioria ainda não dispõe de estações 5G, 86% do total (1479 freguesias). Apenas 14% do total (250 freguesias) dispõem já de estações 5G".
"No caso da Nos, estamos a falar de quase 2.000 estações [...]. Estamos a falar de uma cobertura de quase 80% da população em seis meses, graças ao atraso do próprio regulador, se não já estaria mais à frente. E o que faz o regulador? Pega no negativo [...]. É uma forma inaceitável de se estar", considerou o presidente executivo da Nos.
Relativamente ao nível de investimento em 5G (quinta geração móvel) para os próximos anos, este responsável disse que a Nos vai manter a "ambição de liderança, que não se esgota em seis meses", escusando-se a adiantar números, tendo em conta que se trata de uma empresa cotada.
Contudo, referiu não ser necessário manter sempre o mesmo nível de investimento, sobretudo, a partir do momento em que todos os portugueses já estejam cobertos por estar tecnologia.
Nos últimos dois anos, a Nos investiu mais de 350 milhões de euros em 5G.
"A nossa ambição é a de que, até ao final de 2023, estejamos muito perto da cobertura integral do país", notou.
Já no que se refere ao prolongamento de prazos e metas para o 5G, Miguel Almeida defendeu ser compreensível que estes sejam revistos, vincando que devia ser a própria Anacom a avançar com essa proposta, apesar de ressalvar não esperar que tal aconteça.
De acordo com a Nos, as metas e obrigações de cobertura já remontam a 2020, tendo em conta que era esperado que o leilão tivesse terminado e que a exploração comercial estaria a iniciar-se no primeiro trimestre de 2021.
"O próprio regulador atrasou o processo um ano. Era expectável que, pelo menos, nas obrigações de 2023, houvesse um ajusto correspondente ao atraso na atribuição do espetro", constatou.
Miguel Almeida garantiu que, formalmente, a NOS não avançou com nenhum pedido neste sentido porque entende que deve ser o regulador a avançar com a iniciativa ou mesmo o Governo, apesar de não esperar que tal venha a acontecer.
A Nos investiu 1,8 milhões de euros na criação do NOS Hub 5G, localizado em Lisboa, "um laboratório vivo dotado das mais recentes infraestruturas tecnológicas", disse o administrador Manuel Ramalho Eanes à Lusa.
"Criámos aqui o mais avançado centro de inovação 5G do país e acreditamos que é o primeiro com este propósito", acrescentou o gestor.
Localizado no edifício da Nos no Parque das Nações, em Lisboa, o Nos Hub 5G é um espaço de capacitação de empresas, 'startups' (empresas com rápido potencial de crescimento económico), universidades e parceiros, ocupando uma área de 464 metros quadrados e dividido em quatro áreas centrais: demonstração, formação, ideação/experimentação e trabalho colaborativo.
"A Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] tem este dom de, sistematicamente, ver tudo sob a perspetiva negativa e de atacar as empresas do setor. O leilão [de 5G], por incompetência e inoperância do regulador, durou quase um ano", afirmou Miguel Almeida aos jornalistas, à margem da inauguração do Hub 5G da Nos, em Lisboa.
"A Nos foi o operador que até ao momento instalou um maior número de estações 5G, 1.937 estações (66%), seguindo-se a Vodafone com 534 estações (18%) e a Meo com 447 estações (15%)", refere a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que divulga hoje "um primeiro balanço sobre o desenvolvimento observado nas redes móveis de última geração".
Em termos de número de estações de base já instaladas com tecnologia 5G, o número total, e de acordo com a informação reportada à Anacom até final dos primeiros seis meses do ano, "ascende a 2.918 estações espalhadas por 198 concelhos (64% dos concelhos no país) e 859 freguesias (28% das freguesias no país)".
A maior parte das estações 5G (79%), ou seja, 2.316, está localizada em áreas predominantemente urbanas, 11% (325) estão em áreas medianamente urbanas e apenas 10% (277) em áreas predominantemente rurais.
Nas freguesias de baixa densidade, "a esmagadora maioria ainda não dispõe de estações 5G, 86% do total (1479 freguesias). Apenas 14% do total (250 freguesias) dispõem já de estações 5G".
"No caso da Nos, estamos a falar de quase 2.000 estações [...]. Estamos a falar de uma cobertura de quase 80% da população em seis meses, graças ao atraso do próprio regulador, se não já estaria mais à frente. E o que faz o regulador? Pega no negativo [...]. É uma forma inaceitável de se estar", considerou o presidente executivo da Nos.
Relativamente ao nível de investimento em 5G (quinta geração móvel) para os próximos anos, este responsável disse que a Nos vai manter a "ambição de liderança, que não se esgota em seis meses", escusando-se a adiantar números, tendo em conta que se trata de uma empresa cotada.
Contudo, referiu não ser necessário manter sempre o mesmo nível de investimento, sobretudo, a partir do momento em que todos os portugueses já estejam cobertos por estar tecnologia.
Nos últimos dois anos, a Nos investiu mais de 350 milhões de euros em 5G.
"A nossa ambição é a de que, até ao final de 2023, estejamos muito perto da cobertura integral do país", notou.
Já no que se refere ao prolongamento de prazos e metas para o 5G, Miguel Almeida defendeu ser compreensível que estes sejam revistos, vincando que devia ser a própria Anacom a avançar com essa proposta, apesar de ressalvar não esperar que tal aconteça.
De acordo com a Nos, as metas e obrigações de cobertura já remontam a 2020, tendo em conta que era esperado que o leilão tivesse terminado e que a exploração comercial estaria a iniciar-se no primeiro trimestre de 2021.
"O próprio regulador atrasou o processo um ano. Era expectável que, pelo menos, nas obrigações de 2023, houvesse um ajusto correspondente ao atraso na atribuição do espetro", constatou.
Miguel Almeida garantiu que, formalmente, a NOS não avançou com nenhum pedido neste sentido porque entende que deve ser o regulador a avançar com a iniciativa ou mesmo o Governo, apesar de não esperar que tal venha a acontecer.
A Nos investiu 1,8 milhões de euros na criação do NOS Hub 5G, localizado em Lisboa, "um laboratório vivo dotado das mais recentes infraestruturas tecnológicas", disse o administrador Manuel Ramalho Eanes à Lusa.
"Criámos aqui o mais avançado centro de inovação 5G do país e acreditamos que é o primeiro com este propósito", acrescentou o gestor.
Localizado no edifício da Nos no Parque das Nações, em Lisboa, o Nos Hub 5G é um espaço de capacitação de empresas, 'startups' (empresas com rápido potencial de crescimento económico), universidades e parceiros, ocupando uma área de 464 metros quadrados e dividido em quatro áreas centrais: demonstração, formação, ideação/experimentação e trabalho colaborativo.