Notícia
Mexilhão de rio leva governo a chumbar barragem de Padroselos
O ministério do Ambiente chumbou uma das quatro barragens da Cascata do Alto Tâmega, concessionadas à Iberdrola, por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas, disse à agência Lusa fonte oficial do ministério.
22 de Junho de 2010 às 08:01
O ministério do Ambiente chumbou uma das quatro barragens da Cascata do Alto Tâmega, concessionadas à Iberdrola, por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas, disse à agência Lusa fonte oficial do ministério.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) das barragens do Alto Tâmega, concessionadas à espanhola Iberdrola, foi assinada na segunda feira e, segundo a fonte, chumbou a barragem de Padroselos, que estava previsto construir no rio Beça, no concelho de Boticas.
A tutela resolveu condicionar as restantes três barragens "sem comprometer a produção hidroelétrica anual".
O ministério do Ambiente decidiu que o condicionamento passa também pela obrigatoriedade de serem usadas as cotas mais baixas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).
A DIA contempla também um conjunto de medidas de compensação sócio económicas e ambientais para a zona.
O mexilhão de rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal.
Actualmente, esta espécie existe nos rios Rabaçal, Tuela e Mente, que atravessam a parte ocidental do Parque Natural de Montesinho (PNM), e ainda no Paiva, Neiva e Cavado. No âmbito do Estudo de EIA de Padroselos, o mexilhão de rio foi também descoberto no rio Beça.
A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA propôs um "possível cenário alternativo do projecto", que passava pela exclusão desta barragem do projecto.
Muitos especialistas e ambientalistas defendem que a sobrevivência do mexilhão de rio do Norte era "praticamente impossível" de conciliar com a construção da barragem de Padroselos.
A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.
O empreendimento deverá ter um total de 1.135 megawatts (MW) de potência e uma produção elétrica anual de 1.900 gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas, e representa um investimento de 1700 milhões de euros.
Com a emissão desta DIA fica a faltar a referente à barragem de Girabolhos, no Mondego, para a conclusão do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico.
Segundo a fonte, quando estas novas barragens estiverem concluídas, Portugal irá poupar cerca de 205,2 milhões de euros por ano com a importação de petróleo.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) das barragens do Alto Tâmega, concessionadas à espanhola Iberdrola, foi assinada na segunda feira e, segundo a fonte, chumbou a barragem de Padroselos, que estava previsto construir no rio Beça, no concelho de Boticas.
O ministério do Ambiente decidiu que o condicionamento passa também pela obrigatoriedade de serem usadas as cotas mais baixas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).
A DIA contempla também um conjunto de medidas de compensação sócio económicas e ambientais para a zona.
O mexilhão de rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal.
Actualmente, esta espécie existe nos rios Rabaçal, Tuela e Mente, que atravessam a parte ocidental do Parque Natural de Montesinho (PNM), e ainda no Paiva, Neiva e Cavado. No âmbito do Estudo de EIA de Padroselos, o mexilhão de rio foi também descoberto no rio Beça.
A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA propôs um "possível cenário alternativo do projecto", que passava pela exclusão desta barragem do projecto.
Muitos especialistas e ambientalistas defendem que a sobrevivência do mexilhão de rio do Norte era "praticamente impossível" de conciliar com a construção da barragem de Padroselos.
A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.
O empreendimento deverá ter um total de 1.135 megawatts (MW) de potência e uma produção elétrica anual de 1.900 gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas, e representa um investimento de 1700 milhões de euros.
Com a emissão desta DIA fica a faltar a referente à barragem de Girabolhos, no Mondego, para a conclusão do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico.
Segundo a fonte, quando estas novas barragens estiverem concluídas, Portugal irá poupar cerca de 205,2 milhões de euros por ano com a importação de petróleo.