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Metro de Lisboa favoreceu empresas de Godinho

Uma auditoria da Inspecção-Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), realizada recentemente no Metropolitano de Lisboa, detectou um conjunto de irregularidades em dois concursos de que acabaram por sair vencedoras, em 2002, duas empresas de Manuel Godinho, o empresário da sucata detido desde Outubro do ano passado no âmbito do processo "Face Oculta", avança hoje o "Diário de Notícias".

12 de Abril de 2010 às 07:56
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Uma auditoria da Inspecção-Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), realizada recentemente no Metropolitano de Lisboa, detectou um conjunto de irregularidades em dois concursos de que acabaram por sair vencedoras, em 2002, duas empresas de Manuel Godinho, o empresário da sucata detido desde Outubro do ano passado no âmbito do processo "Face Oculta", avança hoje o “Diário de Notícias”.

Segundo a mesma fonte, os dois concursos, lançados ainda antes de 2000, pela administração então liderada por António Martins, estavam interligados e envolviam dois contratos - um para compra da sucata de 77 carruagens do Metro dos anos 70 e outro para desmantelamento das mesmas, tratamento e remoção do amianto existente no material.

Um negócio de cerca de 371 mil euros (cerca de 66 mil contos) que acabou por ser adjudicado à O2 e à SEF - Sociedade de Empreitadas Ferroviárias, duas sociedades do sucateiro de Ovar, já durante a administração liderada por Manuel Frasquilho.

Valor que, curiosamente, o empresário só terá pago quase cinco anos mais tarde. Isto apesar de ter ganho o negócio à conta de "não terem sido respeitadas algumas das regras concursais", adiantou ao DN fonte ligada ao processo.

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