Notícia
Metal português bate recorde de exportações em 2023, mas atento a "sinais de alerta"
Apesar do recorde de exportações de metalurgia e metalomecânica em 2023, dezembro marcou o quinto mês consecutivo de quebras homólogas, razão pela qual existe "alguma apreensão" relativamente aos primeiros meses de 2024.
É oficial: As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica atingiram um recorde anual em 2023, superando a fasquia dos 24 mil milhões de euros, após um crescimento na ordem dos 4%.
Em comunicado, enviado às redações, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) assina que se trata de "mais um feito notável" do setor "num ano em que, apesar da conjuntura, conseguiu acumular seis dos dez melhores resultados de sempre no que ao comércio internacional diz respeito".
Apesar de sublinhar que os números de 2023 são "inequivocamente positivos" e atestam "mais uma notável performance de um setor que já se habituou a lutar contra as adversidades, sejam elas conjunturais ou estruturais", o vice-presidente executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, adverte que "não devemos fechar os olhos aos sinais de alerta, como as taxas decrescentes e as quedas homólogas, que vínhamos a observar nos meses anteriores".
"O valor registado no último mês do ano foi 3,1% inferior ao valor registado no mesmo mês do ano de 2022. Trata-se do quinto mês consecutivo em que as exportações apresentam quebras homólogas, o que gera obviamente alguma apreensão quanto ao primeiro semestre de 2024, até porque o país atravessa uma situação de instabilidade política que veio somar-se à conjuntura económica menos positiva dos principais parceiros de Portugal", indica a AIMMAP.
Com efeito, apesar do recorde, as vendas para o exterior ficaram abaixo da meta esperada, já que, em julho, o setor apontava para um crescimento de pelo menos 10% para o patamar dos 25 mil milhões de euros.
O padrão do conjunto de países que constituem o principal destino das exportações tem sido bastante regular, com 68,5% das exportações para a União Europeia, com Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e EUA a assumirem especial destaque.
Rafael Campos Pereira também chama a atenção que em 2024 se espera "maior arrefecimento da economia" e "um pequeno crescimento do desemprego" e que "o consumo permaneça muito moderado, registando-se uma maior retração da procura".
"Na verdade, a economia nacional continua a apresentar um crescimento muito anémico, apenas alavancado pelas exportações e pelo investimento que as empresas fazem para alimentar essas exportações. Ora, perante o abrandamento das exportações e arrefecimento da procura externa, e numa altura em que o financiamento às empresas está em queda e as taxas de juro apresentam uma subida gradual, temos de nos inquietar e preocupar com o futuro", refere, adverte, citado na mesma nota.
"Se em 2023 a inflação esteve mais controlada, não há certezas se essa situação vai manter-se ao longo deste ano. Os dois cenários de guerra, na Ucrânia e em Gaza, e a atual crise no Mar Vermelho, deixam grande incerteza a esse respeito e permitem antecipar um cenário de novos constrangimentos nas cadeias de abastecimento, bem como subida dos custos de transporte", alerta.
Em face desta "enorme incerteza", o vice-presidente executivo da AIMMAP diz que "é urgente que haja um governo estável em Portugal, que não intervenha excessivamente na economia, capaz de criar condições para as empresas criarem riqueza para que seja distribuída por todos".
Em comunicado, enviado às redações, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) assina que se trata de "mais um feito notável" do setor "num ano em que, apesar da conjuntura, conseguiu acumular seis dos dez melhores resultados de sempre no que ao comércio internacional diz respeito".
"O valor registado no último mês do ano foi 3,1% inferior ao valor registado no mesmo mês do ano de 2022. Trata-se do quinto mês consecutivo em que as exportações apresentam quebras homólogas, o que gera obviamente alguma apreensão quanto ao primeiro semestre de 2024, até porque o país atravessa uma situação de instabilidade política que veio somar-se à conjuntura económica menos positiva dos principais parceiros de Portugal", indica a AIMMAP.
Com efeito, apesar do recorde, as vendas para o exterior ficaram abaixo da meta esperada, já que, em julho, o setor apontava para um crescimento de pelo menos 10% para o patamar dos 25 mil milhões de euros.
O padrão do conjunto de países que constituem o principal destino das exportações tem sido bastante regular, com 68,5% das exportações para a União Europeia, com Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e EUA a assumirem especial destaque.
Rafael Campos Pereira também chama a atenção que em 2024 se espera "maior arrefecimento da economia" e "um pequeno crescimento do desemprego" e que "o consumo permaneça muito moderado, registando-se uma maior retração da procura".
"Na verdade, a economia nacional continua a apresentar um crescimento muito anémico, apenas alavancado pelas exportações e pelo investimento que as empresas fazem para alimentar essas exportações. Ora, perante o abrandamento das exportações e arrefecimento da procura externa, e numa altura em que o financiamento às empresas está em queda e as taxas de juro apresentam uma subida gradual, temos de nos inquietar e preocupar com o futuro", refere, adverte, citado na mesma nota.
"Se em 2023 a inflação esteve mais controlada, não há certezas se essa situação vai manter-se ao longo deste ano. Os dois cenários de guerra, na Ucrânia e em Gaza, e a atual crise no Mar Vermelho, deixam grande incerteza a esse respeito e permitem antecipar um cenário de novos constrangimentos nas cadeias de abastecimento, bem como subida dos custos de transporte", alerta.
Em face desta "enorme incerteza", o vice-presidente executivo da AIMMAP diz que "é urgente que haja um governo estável em Portugal, que não intervenha excessivamente na economia, capaz de criar condições para as empresas criarem riqueza para que seja distribuída por todos".