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Metade das empresas portuguesas desconhece meio mundo

Metade das empresas portuguesas apontam o desconhecimento dos mercados internacionais e as barreiras à entrada nos países de destino como principais preocupações no seu processo de internacionalização. O CEO da Ignios aconselha o recurso ao Portugal 2020, que financia o acesso adequado à conquista de novas paragens.

22 de Setembro de 2015 às 12:13
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É fundamental que as empresas que queiram internacionalizar-se "reforcem o seu nível de informação sobre parceiros e clientes, salvaguardando os seus prazos de recebimento e minimizando o risco de incumprimento", alertou o CEO da Ignios, António Monteiro, durante a sua intervenção no "roadshow" Portugal Global, que a AICEP está a promover esta terça-feira, 22 de Setembro, no Porto.


Antes, citou um estudo recente da AICEP e da Deloitte que, referindo que 91% das PME portuguesas já iniciaram o seu processo de internacionalização, destaca o facto de metade (51%) das empresas inquiridas apontarem o desconhecimento dos mercados internacionais e as barreiras à entrada no país ou países-destino como principais problemas neste desafio. 

 

Já a dificuldade de mobilização de recursos financeiros é apontado por 43% das empresas inquiridas. Neste estudo, o risco de crédito é assinalado como o principal factor de risco de internacionalização, surgindo em segundo lugar o risco de dependência de parceiros e agentes. 

 

Para as empresas minimizarem todos estes riscos, o CEO da Ignios considera crítico que as empresas utilizem fontes de informação que as ajude a conhecer o mercado-alvo. Chamou então a atenção para o facto de no âmbito do Portugal 2020 (novo ciclo de fundos comunitários) existirem sistemas de incentivos específicos para apoio à internacionalização, "que fornecem os enquadramento adequado para o recurso a instrumentos de acesso a informação internacional que permitirão melhorar o conhecimento relativo a mercados internacionais.

 

Completamente, acrescentou Antonio Monteiro, deverão ser utilizados uma série de instrumentos para cenários de incumprimento, como o "factoring" e seguros de créditos, assim como "outros instrumentos que garantam o risco financeiro de operações, mesmo que pontuais, ou outras soluções que existam no mercado e que ajustem ao risco percepcionado para cada situação e que possam garantir uma cobrança eficaz". 

 

Não menos importante, "a monitorização de clientes e parceiros" é considerada crucial para o presidente executivo desta empresa de gestão de risco. "É indispensável acompanhar permanentemente a evolução das entidades com que lidamos - a evolução da sua actividade e da sua situação financeira, ou quaisquer outros factores considerados importantes", sublinhou. 

 

"Independentemente de as empresas poderem ter contratualizado instrumentos que lhes permita mitigar o risco, é igualmente importante que tenham conhecimento antecipado e evitar qualquer situação que afecte o bom desempenho das operações internacionais", concluiu Antonio Monteiro. 

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