A Merck KGaA viu o seu novo medicamento para a esclerose múltipla recusado pela Agência de Medicamentos Europeia, devido ao facto dos riscos não compensarem os benefícios da substância, segundo comunicado da Merck KGaA citado pela Bloomberg.

A farmacêutica alemã pondera ainda recorrer desta decisão.

Segundo as palavras do responsável para unidade de medicamentos, Elmar Schnee, a substância poderia gerar mil milhões de lucro por ano.

O uso da cladribina, a substância em questão, foi alvo de dúvidas em relação à sua usabilidade devido a quatro casos de cancro ocorridos durante a fase de testes clínicos e em relação a problemas relacionados com o sistema imunitário aí observados.

A Merck KGaA já tinha visto um medicamento para o tratamento de tumores pulmonares, o Erbitux, recusado pelos reguladores europeus.

A farmacêutica suíça Novartis, contudo, ganhou a aprovação de um medicamento semelhante para a esclerose múltipla nos Estados Unidos, o Gilenya, reforçando os receios dos investidores em relação às probabilidades da cladribina ser aprovada igualmente em território norte-americano.

A Merck KGaA está a desvalorizar fortemente no DAX, depreciando 9,38% nos 63,60 euros.