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Menos empresas energéticas no próximo ano devido a fusões e aquisições

A recente aceleração da actividade de fusões e aquisições nos mercados europeus de energia vai continuar no decorrer do próximo ano, o que vai resultar em menos empresas energéticas na Europa e, consequentemente, numa menor escolha para as empresas e cons

21 de Novembro de 2005 às 18:27
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A recente aceleração da actividade de fusões e aquisições nos mercados europeus de energia vai continuar no decorrer do próximo ano, o que vai resultar em menos empresas energéticas na Europa e, consequentemente, numa menor escolha para as empresas e consumidores domésticos.

Esta é a principal conclusão da última edição do European Energy Markets Observatory (EEMO) da Capgemini, que explica que as fusões e aquisições acontecem tendo em conta que os preços continuam elevados e as empresas «procuram compensar o decréscimo das quotas dos mercados domésticos».

O Observatório deste ano contém uma análise financeira pormenorizada, efectuada pela Capgemini e pela Société Générale Equity Research, das 11 empresas energéticas líderes na Europa, explica o comunicado acrescentando que a mesma conclui que as empresas «estão em forte situação financeira e com posições sólidas para prosseguirem as actividades de fusões e aquisições».

Segurança no fornecimento ameaçada na Europa por condições atmosféricas «extremas»

O Observatório também concluiu que a segurança do fornecimento «está a ficar em risco na Europa». No Observatório deste ano também analisaram as consequências das «graves» condições atmosféricas, tais como a vaga de frio na Europa no início de 2005, e a falta de energia hidráulica em Espanha e Portugal.

«A segurança do fornecimento está ameaçada em condições atmosféricas extremas, podendo provocar "apagões". Mais concretamente, a falta de chuva poderá ter um impacto significativo no equilíbrio entre a oferta e a procura de energia, e dessa forma, impulsionar os preços grossistas da energia para níveis elevados e insustentáveis», afirma Philippe David, director de programa da Capgemini.

Nas soluções a curto prazo estão entres outras o colocar em operação mais capacidade de geração, grande parte já em construção e o incentivar os clientes a reduzir a procura em períodos de pico.

«A concorrência, ou em alguns países a presença de tarifas reguladas, tem feito com que os fornecedores evitem transferir os aumentos nos preços grossistas para os clientes domésticos», conclui ainda o relatório.

Abertura ao mercado de retalho em Julho de 2004 não baixou preços no sector

Este relatório demonstra que, «contrariamente ao que sustentam as simples teorias económicas da desregulamentação, a abertura do mercado de retalho em Julho de 2004 não resultou no decréscimo dos preços de retalho e ainda não despoletou uma significativa mudança por parte dos clientes. Isto demonstra que os mercados da electricidade e do gás são diferentes de qualquer outro mercado de bens de consumo corrente, sendo fortemente influenciados pelo planeamento a longo-prazo e pelos requisitos de investimento, assim como por factores políticos», sublinha PhilippeDavid.

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