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Manuel Godinho foi submetido a avaliação psiquiátrica

O principal arguido no processo Face Oculta, e o único que se encontra em prisão preventiva, Manuel José Godinho, foi hoje submetido a uma avaliação psiquiátrica ordenada pelo Ministério Público, informou o seu advogado.

07 de Abril de 2010 às 18:10
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O principal arguido no processo Face Oculta, e o único que se encontra em prisão preventiva, Manuel José Godinho, foi hoje submetido a uma avaliação psiquiátrica ordenada pelo Ministério Público, informou o seu advogado.

Rodrigo Santiago disse à Lusa que a diligência surge depois do empresário de Ovar ter afirmado estar a passar por "uma fase de profunda depressão".

O advogado não vê, no entanto, qualquer utilidade neste ato, considerando que a depressão "não é uma situação psiquiatricamente avaliável".

"Seguramente que o resultado desta avaliação não pode vir a valer para os efeitos tidos em vista, que é cuidar da saúde de Manuel Godinho", disse Rodrigo Santiago, que não irá, contudo, contestar a diligência.

Manuel Godinho foi detido a 28 de Outubro e desde então tem reiterado que sofre de diversos problemas de saúde, nomeadamente diabetes e doenças cardíacas. Invocando estes problemas de saúde, o advogado e a família do empresário dirigiram diversos requerimentos ao Ministério Público a pedir a revisão da medida de coação que foi fixada ao arguido, mas sem sucesso.

O prazo máximo para o arguido ficar em prisão preventiva termina em Outubro, mas durante o corrente mês de Abril, o juiz responsável pelo processo deve reavaliar os pressupostos da medida de coação, decidindo se a mantém ou se deve ser substituída ou revogada.

A Polícia Judiciária desencadeou a 28 de Outubro de 2009 a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho.

No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e pelo menos 18 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, que suspendeu as funções, José Penedos, presidente da REN - Redes Eléctricas Nacionais, que o tribunal suspendeu de funções, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.

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