Notícia
Mais de 30% dos empresários considera que semana de 4 dias só beneficia trabalhadores
Cerca de um terço dos inquiridos acredita que só os trabalhadores serão beneficiados, havendo ainda espaço para entrevistados que acreditam que a semana de quatro dias não é a favorável a nenhuma das partes.
25 de Novembro de 2022 às 17:41
Mais de um terço dos empresários considera que a semana de quatro dias apenas será benéfica para os trabalhadores, enquanto cerca de um terço acredita que não traz benefícios a qualquer das partes, segundo um estudo da AEP, hoje divulgado.
"É muito claro o sentido de opinião dos empresários quanto ao segmento que terá mais benefícios com a implementação da semana dos quatro dias, considerando que serão seguramente os trabalhadores e não as empresas", concluiu a Associação Empresarial de Portugal (AEP), com base num inquérito levado a cabo este mês e que contou com as respostas de 1.130 empresas de diversos setores de atividade.
A análise concluiu que "cerca de um terço dos empresários considera que a implementação da semana dos quatro dias 'Não será benéfica para nenhuma das partes'", enquanto "mais de um terço dos respondentes considera que 'Apenas é benéfica para os trabalhadores'".
A última proporção sobe para cerca de 50% no caso das respostas dadas pelos empresários do setor da indústria, observou a associação.
Adicionalmente, mais de metade dos empresários consideram "nada vantajoso" os vários cenários apresentados para a implementação da semana de quatro dias, "mesmo aqueles que incorporam a possibilidade de um corte de 10% nos salários e um apoio financeiro do Estado para apoiar a transição para o novo modelo".
Já do ponto de vista do impacto no trabalhador, os empresários consideram a proposta vantajosa, nos diferentes cenários possíveis.
Ainda da perspetiva do trabalhador, as empresas consideram que o impacto positivo mais significativo prende-se com fatores de bem-estar pessoal (83% das empresas atribuem um impacto positivo ou muito positivo), da qualidade de vida (83%), do apoio à família (76%) e dos custos com deslocações (66%).
No entanto, a maioria dos empresários considera que a medida terá um impacto neutro em fatores como a satisfação no trabalho, a intenção de permanecer na empresa ou o nível de comprometimento com a empresa.
"A esmagadora maioria das empresas concorda (parcial ou totalmente) que, em alternativa ao modelo da semana de quatro dias, seria preferível uma total flexibilidade no modelo a adotar, por acordo entre o trabalhador e a empresa (77% das empresas)", refere a AEP.
Quando questionados sobre os impactos nas empresas, os inquiridos atribuem um impacto mais negativo ao nível dos lucros (71% das empresas considera negativo ou muito negativo), das queixas dos clientes (70%), da organização dos processos internos (70%), da competitividade (69%) e da produtividade (65%).
Por outro, quanto aos impactos positivos, assinalam os custos de energia (40% das respostas consideram um fator positivo ou muito positivo) e a taxa de absentismo (39%).
"É muito claro o sentido de opinião dos empresários quanto ao segmento que terá mais benefícios com a implementação da semana dos quatro dias, considerando que serão seguramente os trabalhadores e não as empresas", concluiu a Associação Empresarial de Portugal (AEP), com base num inquérito levado a cabo este mês e que contou com as respostas de 1.130 empresas de diversos setores de atividade.
A última proporção sobe para cerca de 50% no caso das respostas dadas pelos empresários do setor da indústria, observou a associação.
Adicionalmente, mais de metade dos empresários consideram "nada vantajoso" os vários cenários apresentados para a implementação da semana de quatro dias, "mesmo aqueles que incorporam a possibilidade de um corte de 10% nos salários e um apoio financeiro do Estado para apoiar a transição para o novo modelo".
Já do ponto de vista do impacto no trabalhador, os empresários consideram a proposta vantajosa, nos diferentes cenários possíveis.
Ainda da perspetiva do trabalhador, as empresas consideram que o impacto positivo mais significativo prende-se com fatores de bem-estar pessoal (83% das empresas atribuem um impacto positivo ou muito positivo), da qualidade de vida (83%), do apoio à família (76%) e dos custos com deslocações (66%).
No entanto, a maioria dos empresários considera que a medida terá um impacto neutro em fatores como a satisfação no trabalho, a intenção de permanecer na empresa ou o nível de comprometimento com a empresa.
"A esmagadora maioria das empresas concorda (parcial ou totalmente) que, em alternativa ao modelo da semana de quatro dias, seria preferível uma total flexibilidade no modelo a adotar, por acordo entre o trabalhador e a empresa (77% das empresas)", refere a AEP.
Quando questionados sobre os impactos nas empresas, os inquiridos atribuem um impacto mais negativo ao nível dos lucros (71% das empresas considera negativo ou muito negativo), das queixas dos clientes (70%), da organização dos processos internos (70%), da competitividade (69%) e da produtividade (65%).
Por outro, quanto aos impactos positivos, assinalam os custos de energia (40% das respostas consideram um fator positivo ou muito positivo) e a taxa de absentismo (39%).