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Maioria dos gestores acredita que a Covid mudou as empresas para sempre
Muitas das mudanças causadas pela Covid-19 em empresas globais serão duradouras.
Uma pesquisa divulgada na quarta-feira pelo IBM Institute of Business Value identificou uma "mudança de cultura" em corporações ao redor do mundo e concluiu que os "executivos devem aceitar que mudanças na estratégia, gestão, operações e prioridades orçamentais induzidas pela pandemia vieram para ficar".
Um grande benefício desta mudança de cultura: dois terços dos entrevistados disseram que foram capazes de concluir iniciativas que encontram resistência no mundo corporativo pré-Covid.
Segundo a pesquisa com quase 3.500 executivos em 20 países, o cash flow e a gestão de custos e liquidez estão entre as maiores prioridades até 2022. Cerca de 60% disseram que estão a acelerar a transformação digital das suas organizações. E cerca de 75% planeiam desenvolver recursos de tecnologias de informação mais sólidos.
A transformação digital deve aumentar o número real de empregos, "mas as habilidades necessárias para esses empregos serão muito diferentes", disse Jesús Mantas, sócio-gerente sénior da IBM Services.
Isso significa que, potencialmente, milhões de trabalhadores que não podem fazer a transição para o novo mundo corporativo podem ficar para trás.
Em contraste com a prática recente de entrega just-in-time, 40% dos executivos destacaram a necessidade de capacidade extra nas suas cadeias de suprimentos.
Apenas cerca da metade das empresas terá como foco novos mercados para aumentar a sua base de clientes, disseram os executivos. E 84% afirmaram que a gestão da experiência do cliente será prioridade em relação a apenas 35% há dois anos.
A pesquisa da IBM - que também se baseou noutras pesquisas que incluíram funcionários - revelou pelo menos um ponto perturbador: uma grande lacuna entre "empregadores que sobreestimam significativamente a eficácia dos seus esforços de suporte e formação" e como os funcionários se sentem sobre essas medidas.
No geral, o estudo da IBM chegou ao que chamou de "conclusão esmagadora: a realidade mudou radicalmente para as empresas pós-Covid 19".