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Maior accionista da Vivendi preso por suspeitas de corrupção em África

Vincent Bollore, bilionário francês e o maior accionista da Vivendi, foi detido esta terça-feira, 24 de Abril, para interrogatório por suspeitas de corrupção.

10º Vincent Bollore está à frente dos destinos da Bollore há mais de 18 anos
reuters, bloomberg
24 de Abril de 2018 às 13:19
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O bilionário francês Vincent Bollore e também maior accionista da Vivendi, empresa francesa de media, foi detido esta terça-feira, 24 de Abril, por suspeitas de corrupção, segundo adiantam fontes citadas na Bloomberg. Outros gestores do grupo foram também detidos para interrogatório.

A investigação está a analisar contractos feitos pelo Bollore Groupe, empresa liderada por Vincent Bollore, numa operação em dois terminais de contentores no Togo e na Guiné. A investigação suspeita ainda que alguns gestores do Bollore Groupe tenham usado a empresa de publicidade Havas para facilitar a eleição de membros de governos de países em África, de acordo com fontes citadas na agência noticiosa.

O Bollore Groupe divulgou em comunicado que uma das suas unidades está a ser alvo de uma investigação sobre a facturação de serviços de comunicação na Guiné e no Togo em 2009 e 2010. Mas a empresa "nega formalmente" qualquer tipo de actividade irregular.

"O interrogatório aos executivos do grupo vai dar clareza às autoridades sobre estas questões, que foram objecto de uma auditoria independente que descobriu que as operações eram perfeitamente regulares", disse a empresa em comunicado, citado na Bloomberg. Acrescentando ainda que os executivos "estão felizes em cooperar plenamente" com as autoridades.

O bilionário francês era o maior accionista da empresa Havas antes de esta ser adquirida pela Vivendi em 2017. Há dois anos atrás os escritórios da Bollore Groupe tinham já sido alvo de investigação.

Vincent Bollore é uma das figuras mais ricas de França, com um património a rondar os 6,6 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros). Na semana passada Bollore entregou a liderança da empresa de media francesa, onde era presidente desde 2014, ao seu filho, Yannick Bollore.

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