O grupo francês LVMH – Moët Hennessy Louis Vuitton, maior fabricante de bens de luxo do mundo, aumentou, no ano passado, os lucros operacionais, impulsionados pela redução de custos e pela procura das malas de pele “Louis Vuitton”.

O valor avançado implica resultados antes de impostos e amortizações de 2,15 mil milhões de euros, contra os 2,01 mil milhões de euros registados em igual período de 2002, segundo cálculos da Bloomberg.

As receitas da unidade de artigos de moda e produtos em pele, que inclui marcas como a Dona Karan e Luís Vuitton, aumentaram 12% no quarto trimestre de 2003, não contabilizando o impacto das variações cambiais e eventuais alienações realizadas pelo grupo.

A divisão de vinho e bebidas espirituosas registou um aumento de 3%, enquanto a unidade de perfumes e cosméticos avançou 9%.

O director financeiro da empresa, Patrick Houel, afirmou, em conferência de imprensa, que vai anunciar resultados mais detalhados em Março próximo.

A LVMH está a aumentar a procura da sua marca Vuitton, adicionando novas lojas em Moscovo e Nova Deli, enquanto reduz os seus custos através do encerramento dos ‘outlets’ “Donna Karan” e “Sephora” naquelas capitais. Estes esforços fizeram com que os lucros operacionais disparassem, embora as vendas tenham sofrido um declínio.

No entanto, as acções da LVMH caíram até 3%, reflectindo a vontade dos investidores em que a empresa mostre sinais de maior crescimento para justificar a compra de acções perto do valor mais alto em dois anos e meio.

Ontem, as acções aumentaram para os 62,75 euros, o valor mais alto desde Junho de 2001, com o optimismo renovado no crescimento económico dos Estados Unidos e alguns países asiáticos a ‘tentar’ os consumidores a gastarem dinheiro nos caros artigos de moda, acessórios e champanhe.

As acções da LVMH seguiam a descer 1,51% para os 61,8 euros.