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Lucros do Grupo Santander Portugal crescem 27% em 2000
Os resultados líquidos do Grupo Santander Portugal situaram-se, em 2000, nos 51,87 milhões de euros (10,4 milhões de contos), o que traduz um crescimento de 27% face a igual período do ano...
Segundo declarou hoje Horta Osório, presidente do Grupo Santander Portugal, na apresentação dos resultados, o Grupo apresentou em 2000, uma «”performance” positiva nas diferentes áreas».
Quanto aos resultados líquidos, o objectivo traçado em 1997 de 40 milhões de euros (oito milhões de contos) para o ano de 2000 «foi amplamente superado», adianta Horta Osório. Justificado pelo aumento das comissões líquidas do Santander Negócios, e margem financeira, bem como, uma redução sustentada nos custos, acrescenta Horta Osório.
O Grupo constituído pelo Banco Santander Portugal e Banco Santander de Negócios, obteve um resultado consolidado antes de impostos de 61,85 milhões de euros (12,4 milhões de contos), alcançando um crescimento de 37% face ao período homólogo do ano de 1999.
Os resultados líquidos do Banco Santander Portugal cifraram-se, em 2000, nos 30,92 milhões de euros (6,2 milhões de contos), o que corresponde a um crescimento de 10,6% face ao período homólogo do ano anterior. Na banca de investimento, os lucros líquidos do Grupo atingiram, no final de 2000, os 20,94 milhões de euros (4,2 milhões de contos), uma subida de 36,9% face a Dezembro de 1999.
No final de 2000, o volume de negócios do Grupo atingiu os 6,65 mil milhões de euros (1,335 mil milhões de contos), registando um acréscimo de 21,7% face ao período homólogo de 1999. O produto bancário cresceu 16,1% no ano de 2000, situando-se nos 174 milhões de euros (34,9 milhões de contos). A rendibilidade dos capitais próprias (ROE) do Grupo, em 2000, atingiu 18%, acima do objectivo proposto de 17%, adianta Horta Osório, sublinhando que este valor se situa em linha com as «performances» do maiores grupos bancários europeus.
No primeiro semestre de 2000, a BSN Dealer, corretora do Grupo, garantiu uma posição de «liderança» com uma quota de mercado de 12% do mercado de acções e 16% no mercado de obrigações. Contudo, no segundo semestre de 2000 o Grupo perdeu esse lugar de liderança devido à falta de liquidez no mercado.
Na área de corretagem, o Banco Santander Central Hispano (BSCH) vai lançar novos escritórios na Europa, estando previsto abrir em Paris, Frankfurt e Milão, adiantou um responsável do Grupo.
Horta Osório diz 2001 é um ano difícil para manter ritmo de crescimento de resultadosHorta Osório adianta que em 2001 vai ser «difícil manter este ritmo de crescimento dos resultados», em virtude do ciclo económico não estar a melhorar, acrescenta.
Mas, adverte para o facto do Grupo iniciar, em 2001, a consolidação das suas contas com o Banco Totta e Açores (BTA) e o Crédito Predial Português (CPP), o que no âmbito de um Grupo maior, «há outros geradores de valor» a contrabalançar o ciclo económico menos bom, adiantou Miguel de Bragança, director financeiro do Grupo. Entre os geradores de valor, para Horta Osório, encontram-se a poupança nos custos e benefícios de uma gestão integrada.
Aquele responsável, escusou-se a quantificar esses geradores de valor.
Desde 1997, em termos de resultados líquidos, o Grupo cresceu 241%, revelou o banco em conferência de imprensa.
Banco Santander Portugal abre sete balcões em 2001O Banco Santander Portugal estima abrir, em 2001, mais sete balcões para juntar aos actuais 118 existentes no nosso país, revelou um responsável do Grupo em conferência de imprensa. Em 2000, o Grupo havia lançado mais seis balcões.
Na rede comercial, o banco pretende manter uma política «agressiva», apostar numa «maior captação de recursos», «crédito à habitação e crédito ao consumo», adianta o mesmo responsável.
No primeiro trimestre, o banco estima lançar os primeiros três balcões e, no último trimestre os restantes quatro.
Horta Osório pretende relançar o papel líder de há seis anos atrás na área de crédito à habitação e de crédito ao consumo do Totta, revela.
Aumento de «free-float» do Totta só decidido em JunhoO Grupo reitera o objectivo de decidir, em Junho, quanto ao aumento da dispersão de capital em Bolsa («free-float») do Totta, revelou Horta Osório em conferência de imprensa.
O «free-float» do Totta ascende, neste momento, a 2% do capital do banco ou seja a cerca de dois milhões de acções. Em Setembro, Horta Osório havia anunciado que o Grupo pretendia estudar a hipótese de aumentar a dispersão do capital em Bolsa.
Às 15h30, as acções do BSCH em Lisboa cotavam nos 12,39 euros (2.483 escudos), a subir 0,49%.