BNP Paribas apresentou lucros de 573 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 23% devido a 244 milhões de euros que o banco teve que provisionar para fazer face às perdas oriundas da quebra dos mercados financeiros.

O banco apresentou um lucro de 573 milhões de euros face aos 743 milhões de euros obtidos no período homólogo. Este resultado significa um ganho de 0,64 euros por acção contra os 0,84 euros obtidos no mesmo período do ano passado.

Os resultados operacionais do banco caíram 30% para os 427 milhões de euros, tendo a gestão de activos registado também uma quebra de 30% para os 157 milhões de euros.

O produto bancário desceu 3,8% para os 4 mil milhões de euros e os custos aumentaram em 1,7% para os 2,7 mil milhões de euros.

Na banca de retalho, a instituição registou um lucro de 858 milhões de euros, mais 14% que no período homólogo. É nesta área que o banco se pretende expandir, pois no mês passado, entrou em conversações para adquirir o Pinault-Printemps-Redoute"s Facet, um banco de crédito ao consumo.

O presidente do banco, Michel Pebereau, tem vindo a implementar uma política de corte de custos para que o banco retorne ao aumento de lucros já que, com este resultado, é a quarta vez que a instituição apresenta lucros decrescentes.

Em Agosto, Michel Pebereau adiou um plano que implicava um investimento de 600 milhões de euros para a contratação de analistas e bancários. Desde a mesma data, o banco encerrou uma corretora e a unidade de «corporate finance» na Austrália.

Até ao final do ano, empresa pretende fechar os escritórios de «research» que tem em Milão, Madrid e Frankfurt.

As acções do PNB Paribas seguiam a ganhar 3,39% para os 43,35 dólares