“Estes resultados são acima das nossas expectativas, mas é uma evolução muito sustentável”, disse Miguel Almeida, administrador executivo da Sonaecom, em declarações ao Negócios.

O responsável sublinhou o facto da empresa ter aumentado o seu EBITDA em 9,1% atingindo 149 milhões de euros, “num momento que não é fácil”.

O volume de negócios registou uma quebra de 4,5% para os 684,1 milhões de euros, uma descida justificada pela empresa com o facto do aumento de receitas de clientes no Móvel e das receitas de serviços das SSI não ter compensado a redução de 12,4% das receitas de operadores, motivadas pela quebra das tarifas de terminação e pelas receitas de roaming e a expectável redução por via da desaceleração do programa e-iniciativas.

O total dos custos operacionais diminuiu 6,8% para 528,4 milhões de euros, representando cerca de 77,2% do volume de negócios.

“É de realçar que esta é uma concretização positiva resultante das medidas de controlo de custos no negócio de telecomunicações. Com o objectivo de criar uma organização mais optimizada, estas medidas preconizam a criação de eficiências em todas as linhas de negócio e áreas de suporte”, referiu a empresa em comunicado.

A dívida liquida da empresa caiu 4,1%, para os 289,7 milhões de euros.

Negócio da SSI cai 11,5%

O volume de negócios da Sonaecom Sistemas de Informação (SSI) diminuiu cerca de 11,5% para, aproximadamente, 102,3 milhões de euros, totalmente motivado pela diminuição de 24,7% no nível de vendas de equipamentos, uma diminuição que se deveu à desaceleração do programa e-iniciativas.

“É, no entanto, de salientar o aumento de 7,9% das receitas de serviço, para 50,7 milhões de euros”, adiantou a mesma fonte.

O EBITDA da SSI evoluiu positivamente para 5,8 milhões de euros, aumentando 0,9% face ao período homólogo de 2009, “como consequência da evolução positiva das receitas de serviço (+7,9%) e dos custos operacionais, que mais do que compensaram a quebra de 24,7% nas vendas de equipamentos”.

O grupo sublinhou ainda que “este crescimento foi alcançado, apesar da expansão internacional da WeDo Technologies e da integração da unidade de negócio B2B da Softlimits, adquirida pela Saphety”.

A margem EBITDA aumentou de 5,0% para 5,7%, evidenciando a actual combinação de maiores receitas de serviços e menores vendas de equipamentos.