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Lucros da Sonae Indústria mais do que duplicam mas falham previsões
A Sonae Indústria terminou o exercício de 2007 com um resultado líquido de 79 milhões de euros, abaixo do esperado pelos analistas. Este montante corresponde a mais do dobro dos lucros obtidos em 2006, ainda que o desempenho da empresa liderada por Carlos
A Sonae Indústria terminou o exercício de 2007 com um resultado líquido de 79 milhões de euros, abaixo do esperado pelos analistas. Este montante corresponde a mais do dobro dos lucros obtidos em 2006, ainda que o desempenho da empresa liderada por Carlos Bianchi de Aguiar não seja directamente comparável.
"O desempenho de 2007 não é directamente comparável com o de 2006, devido à aquisição dos activos da Hornitex na Alemanha, à aquisição da Darbo em França, ao contributo da unidade de Eiweiler para a parceria a 50% com a Tarkett, e a redução da actividade no Canadá", salienta a Sonae Indústria.
Em 2006, a empresa conseguiu um resultado líquido de 32 milhões de euros, sendo que fechou o ano passado com lucros de 79 milhões de euros, segundo os dados revelados em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este valor ficou aquém das estimativas dos analistas consultados pela Reuters que apontavam para lucros de 86,7 milhões.
"É com o maior prazer que divulgamos, hoje, o melhor desempenho de sempre na história da Sonae Indústria", afirmou Carlos Bianchi de Aguiar, salientando que as receitas ascenderam a 2,1 mil milhões de euros e o EBITDA total da empresa de aglomerados de madeira atingiu os 335 milhões de euros, durante o ano passado.
"Ao longo de 2007, o comportamento dos mercados não foi homogéneo", com "o nível de actividade a enfraquecer no segundo semestre na Alemanha e em França", mantendo-se sólido até ao final do terceiro trimestre, na Península Ibérica. Na América do Norte, o desempenho do mercado "foi fraco e, tanto no Brasil como na África do Sul, o mercado manteve-se forte durante todo o ano".
Em termos de custos, "no início do ano, registou-se um aumento relevante do custo da madeira e, ao longo do ano, assistiu-se a uma grande volatilidade do preço dos produtos químicos", salientou a empresa.
Nas perspectivas para este ano a empresa salienta que os custos dos produtos químicos devem baixar e que vai investir 8 milhões de euros numa nova linha na África do Sul.