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Lucros da Sonae Imobiliária caem 73% até Setembro (act)

A Sonae Imobiliária apresentou uma quebra de 73% nos resultados líquidos dos primeiros nove meses de 2004, para 45,318 milhões de euros, evolução condicionada pela criação do Fundo Sierra e pela venda de 50% do centro Vasco da Gama, que gerou lucros extra

29 de Outubro de 2004 às 18:14
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A Sonae Imobiliária apresentou uma quebra de 73% nos resultados líquidos dos primeiros nove meses de 2004, para 45,318 milhões de euros, evolução condicionada pela criação do Fundo Sierra e pela venda de 50% do centro Vasco da Gama, que gerou lucros extraordinários em 2003.

O resultado líquido consolidado acumulado da participada do grupo Sonae (após interesses minoritários) foi 73% inferior ao verificado no período homólogo, quando tinha sido de 170,52 milhões «porém estava afectado quer, pela criação do Fundo Sierra em Setembro de 2003, quer pela venda de 50% do Vasco da Gama em Março de 2003», explica a empresa em comunicado.

Nos primeiros nove meses de 2003 a empresa registou um resultado directo de 122 milhões de euros com venda de propriedades, quando no mesmo período de 2004 este indicador foi de 457 mil euros.

Segundo a mesma fonte, em termos consolidados, a Sonae Imobiliária terminou o terceiro trimestre deste ano com um resultado directo acumulado de 35,5 milhões de euros, ou seja um crescimento de 36% face ao período homólogo do ano anterior, que foram de 26,087 milhões de euros.

O EBITDA, ou «cash flow» operacional, foi de 75,44 milhões de euros, ou seja 12,6% superior aos 66,99 milhões de euros do período homólogo, «apesar da venda de 50% do Vasco da Gama ao ING em Março de 2003, com a correspondente redução em rendas e outros proveitos».

A Sonae Imobiliária explica que o EBITDA «foi positivamente influenciado» pelas aberturas do Parque Atlântico (Açores, Portugal), Coimbra Retail Park (na foto), Estação Viana (Viana do Castelo) e pela expansão do CascaisShopping (Cascais) e 2003, bem como, pelas aberturas do Dos Mares (Múrcia, Espanha), Avenida M40 (Madrid, Espanha) e Boavista Shopping (São Paulo, Brasil) no corrente ano.

Os proveitos directos dos investimentos aumentaram 12,4%, para os 132,374 milhões de euros, e os custos operacionais avançaram 39%, para os 53,302 milhões de euros, contra os 38,222 milhões de euros dos primeiros nove meses de 2003.

O resultado indirecto acumulado foi de 40,41 milhões de euros, diminuindo 74%. O valor criado nas propriedades, com base em avaliação independente foi de 53,94 milhões de euros, dos quais 31,64 milhões de euros resultam dos centros comerciais já em operação no final de 2003 e 22,3 milhões de euros resultante de aberturas de centros comerciais até 30 Setembro de 2004, revela a empresa.

A venda do Parque Atlântico ao Fundo Sierra gerou um ganho de 0,9 milhões de euros e, no primeiro trimestre, a venda do Sintra Retail Park Sintra gerou um lucro de 2,07 milhões de euros. No entanto, a Sonae Imobiliária explica que estes ganhos «foram parcialmente absorvidos pelo cancelamento do projecto Parque Jockey no Brasil, reconhecendo como custo o valor total investido (2,2 milhões de euros)».

A empresa considera «continuar a apresentar uma situação financeira sólida» explicando que o facto da alavancagem ter sido de 26,3% no final de Setembro de 2004 significa «um valor muito confortável» para este tipo de negócio.

As acções da Sonae SGPS, que apresenta resultados na terça-feira, fecharam a subir 1,05% até aos 0,96 euros.

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