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Lucros da SAD do Benfica caem 59% no até Março

A SAD do clube da águia refere que o lucro de 6,2 milhões de euros do mesmo período do exercício anterior tinha sido "influenciado pela transferência do atleta David Luiz, que gerou um ganho líquido de 15,4 milhões de euros"

18 de Maio de 2012 às 20:01
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A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD reportou um resultado líquido consolidado de 2,5 milhões de euros nos três trimestres decorridos entre 1 de Julho de 2011 e 31 de Março de 2012, o que correspondeu a uma queda de 59% face aos 6,2 milhões de euros do período homólogo precedente.

No comunicado à CMVM, a SAD do clube da águia refere que o lucro de 6,2 milhões de euros do mesmo período do exercício fiscal anterior tinha sido “influenciado pela transferência do atleta David Luiz, que gerou um ganho líquido de 15,4 milhões de euros”.

No que respeita aos resultados do terceiro trimestre, em que é possível analisar o acumulado de nove meses, o clube diz que o período “ficou marcado pela confirmação da boa prestação realizada pelo Benfica na Liga dos Campeões, que permitiu à Sociedade atingir níveis de receita com prémios provenientes dessa competição sem precedentes em edições anteriores”.

“A nível interno, o Benfica não conseguiu manter neste trimestre a mesma regularidade que vinha demonstrando na Liga Nacional, o que influenciou o desfecho do campeonato e não permitiu ao Benfica conquistar o título de campeão nacional, objectivo que tinha sido definido no início da época como o principal”, refere o comunicado, acrescentando que “na abertura do mercado de transferências em Janeiro, a Benfica SAD não procedeu a alterações significativas no seu plantel, optando por não alienar nenhum dos seus principais atletas tendo em consideração as várias competições que se encontrava a disputar e as expectativas que mantinha na obtenção de resultados desportivos”.

Assim, as únicas movimentações que ocorreram foram as entradas dos atletas Yannick Djaló e André Almeida no plantel, sendo que o último se encontrava emprestado a outro clube, e a cedência temporária dos atletas Enzo Perez e Rúben Amorim.

O resultado financeiro da SAD do Benfica foi de 12,1 milhões de euros negativos, o que corresponde a um acréscimo do prejuízo em 1,8 milhões de euros comparativamente com os 10,3 milhões de euros apresentados no período homólogo. Esta variação deve-se essencialmente ao aumento do endividamento médio do grupo ao longo do período em análise e ao agravamento das condições de financiamento para a generalidade das empresas portuguesas, sublinha o documento.

Quanto ao resultado operacional consolidado, excluindo as transacções, depreciações e imparidades de passes de atletas, aproximou-se dos 10,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 232% face aos 3,2 milhões de euros alcançados no período comparativo do exercício anterior. “Esta variação é essencialmente explicada pelo aumento dos proveitos operacionais gerados pelo desempenho na Liga dos Campeões”, explica o comunicado.

Liga dos Campeões melhorou proveitos operacionais

O aumento dos proveitos operacionais consolidados em 13,2 milhões de euros está essencialmente relacionado com o desempenho na Liga dos Campeões, que atingiram os 21 milhões de euros nos prémios distribuídos pela UEFA e os 5,4 milhões de euros nas receitas de bilheteira dessa prova. Adicionalmente, registou-se um crescimento 68% nas receitas de bilheteira dos jogos da Liga Nacional, por via da melhoria do desempenho da equipa nessa competição face à época anterior e do menor número de cativos, assim como um aumento dos proveitos gerados por patrocinadores em cerca de 2,7 milhões de euros, essencialmente relacionado com a melhoria das condições do contrato com a Central de Cervejas, situação que já se encontrava prevista na data de renovação do referido contrato.

As restantes rubricas apresentaram um comportamento semelhante ao período homólogo, apenas se verificando um decréscimo significativo nos proveitos com cachets, por um menor número de participações em torneios e digressões, diz a Benfica SAD.

Já o aumento dos custos operacionais consolidados em 5,7 milhões de euros “é essencialmente explicado pelo acréscimo do custo com o pessoal relacionado com a estrutura do futebol profissional, designadamente pelos investimentos efectuados em novos atletas e pelos prémios de objectivos/desempenho distribuídos em consequência dos resultados desportivos alcançados”.

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