Os lucros da France Telecom, maior empresa de telecomunicações francesa, cresceram 32% no ano 2000, impulsionados pela sua unidade móvel e expansão internacional.

As receitas líquidas subiram para os 3,7 mil milhões de euros (742 milhões de contos), ou 3,44 euros (690 escudos) por acção, contra os 2,8 mil milhões de euros (561 milhões de contos) ou 2,7 euros (541 escudos) por acção registados no ano anterior. A receita, divulgada na semana passada, cresceu 24% para os 33,67 mil milhões de euros (6,75 mil milhões de contos).

Os títulos da operadora francesa e accionista da Optimus desvalorizaram 30% em 2000, com o aumento da dívida para 61 mil milhões de euros (12,2 mil milhões de contos), na tentativa de se tornar na maior empresa de telecomunicações móveis europeia.

As empresas de telecomunicações europeias perderam um trilião de dólares (1,12 triliões de euros ou 225 mil milhões de contos) do seu valor no ano passado, com os investidores a duvidarem que o preço pago pelas licenças UMTS, bem como os investimentos futuros, sejam rentabilizados a curto prazo.

Estes receios forçaram, no mês passado, a operadora francesa a reduzir o preço da oferta pública inicial (IPO) da sua unidade móvel Orange. A empresa sediada em Paris recebeu, com a venda 9 mil milhões de euros (1.8 mil milhões de contos), cerca de um terço menos do que o previsto inicialmente. A Orange iniciou a sua cotação em Bolsa a 10 euros (2.005 escudos).

A France Telecom, às 9h15, caíam 1,89% para os 57 euros (11.427 escudos) enquanto os títulos da Orange seguiam a cotar nos 8,70 euros (1.744 escudos), o que representa uma descida de 1,25%.