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Lucros da CGD sobem para 510,1 milhões com Fidelidade-Mundial
A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje que os resultados líquidos dos primeiros nove meses deste ano cresceram 0,5% para 510,1 milhões de euros, com os ganhos em empresas associadas, como os seguros, a compensar a quebra na margem financeira.
A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje que os resultados líquidos dos primeiros nove meses deste ano cresceram 0,5% para 510,1 milhões de euros, com os ganhos em empresas associadas, como os seguros, a compensar a quebra na margem financeira.
Os lucros entre Janeiro e Setembro deste ano comparam com 507,4 milhões de euros conseguidos nos primeiros nove meses do ano passado.
Apesar da recuperação dos lucros a margem financeira da instituição financeira estatal desceu 8,9% para 958 milhões de euros, enquanto o produto bancário caiu 2,8% até aos 1,37 mil milhões de euros.
A CGD explica a queda da margem financeira – diferença entre os juros cobrados e juros pagos - com a «descida continuada da taxa de juro de mercado». Os juros na Zona Euro estão actualmente nos 2%, no valor mais baixo dos últimos 50 anos.
A margem complementar líquida de provisões aumentou 15% em termos homólogos, beneficiando da evolução favorável das comissões líquidas (+4,9%), do rendimento de títulos (+16,4%) e da reposição de provisões devida à valorização da carteira de títulos.
«Os custos de funcionamento continuaram a evoluir muito moderadamente», tendo registado um aumento de 1,4%, para 699 milhões de euros. Incluindo o pagamento do prémio de antiguidade a trabalhadores – um facto extraordinário – os custos aumentaram 3,5%.
Seguros dão contributo positivo aos resultados líquidos
A Caixa Geral de Depósitos explica que os resultados das empresas associadas deram um contributo positivo aos resultados, passando de 9,64 milhões de euros para 72,54 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano.
No comunicado a instituição liderada por António de Sousa destaca o contributo da Fidelidade-Mundial, a companhia que agrega os negócios de seguros do grupo.
Também a dar um contributo positivo aos resultados, as provisões líquidas diminuíram 17,1 milhões de euros, ou 15,4%, para 93,74 milhões de euros.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) atingiu os 20,7%, enquanto a do activo líquido médio (ROA) se fixou em 1,0%, «indicadores que estão em linha com os verificados ao longo de 2002 e no primeiro semestre de 2003», diz a mesma fonte. No final de 2002 o ROE da Caixa era de 20%.
O saldo bruto do crédito a clientes totalizou 45,03 milhões de euros, distribuído principalmente pela actividade individual da CGD, com 40,81 mil milhões, pelo Banco Simeón (filial em Espanha), com 1,65 mil milhões, e pela Locapor e Imoleasing (empresas de leasing), com 1,32 mil milhões.
No âmbito da actividade em Portugal, a CGD salienta o crédito à habitação, cujo saldo bruto atingiu 23,14 mil milhões de euros, registando um crescimento anual de 5%.
O saldo global dos recursos de clientes captados na rede comercial do grupo subiu 2,1% para 54,5 mil milhões de euros, dos quais 43,4 mil milhões em depósitos e 9,9 mil milhões através de outras empresas do grupo, sob a forma de unidades de participação de fundos de investimento (5,2 mil milhões) e seguros de capitalização (4,7 mil milhões).