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Lucros da CGD aumentam 29% para os 537,5 milhões (act.)

Os lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) cresceram 29,3% em 2005, num período em que o produto bancário aumentou em mais de 24% e os rácios observaram uma melhoria. Os custos aumentaram, em grande parte devido à integração da Império-Bonança, mas o ban

08 de Março de 2006 às 19:40
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Os lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) cresceram 29,3% em 2005, num período em que o produto bancário aumentou em mais de 24% e os rácios observaram uma melhoria. Os custos aumentaram, em grande parte devido à integração da Império-Bonança, mas o banco tem como objectivo a diminuição de custos entre 40 a 55 milhões nos próximos dois anos.

O resultado líquido da CGD ascendeu a 537,7 milhões de euros, um valor que compara com os 415,8 milhões de euros registados em período homólogo. Os resultados hoje apresentados incluem a dedução aos custos com pessoal de 2004 «os efeitos não recorrentes resultantes da transferência de responsabilidades do Fundo de Pensões da CGD para a Caixa Geral de Aposentações, sem o que o crescimento dos resultados teria sido mais expressivo», explicou o banco em conferência de imprensa.

A contribuir para esta evolução destaca-se o aumento de 24,6% do produto bancário que no ano passado se cifrou nos 2,67 mil milhões de euros. Quanto à margem financeira, esta observou um decréscimo de 0,6% para os 1,41 mil milhões de euros, enquanto que a margem financeira de retalho cresceu 10.3% para os 994,4 milhões de euros.

A CGD explica que a margem financeira «não é totalmente comparável com o de 2004 pois parte dos proveitos que eram anteriormente classificados nesta rubrica foram incluídos nos resultados em operações financeiras, dado que as normas de reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros que determinaram a avaliação de todos os derivados só foram aplicadas em 2005».

No que respeita aos custos, verificou-se um aumento desta rubrica, com os custos operativos a crescerem mais de 12% para os 1,61 mil milhões de euros, um evolução justificada em parte pela «integração da Império-Bonança», »excluindo este efeito, os custos operativos teriam aumentado apenas 2,6%», defende a instituição bancária.

Poupança de custos entre 40 a 55 milhões em dois anos

Os custos com pessoal avançaram para os 851,1 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 15%, «excluindo o efeito da integração da Império-Bonança, o crescimento seria de cerca de 6%», de acordo com a mesma fonte. Para os próximos dois anos, a CGD estima uma redução entre 40 a 55 milhões de euros nos custos, essencialmente nos «fornecimentos e serviços externos», afirmou Carlos Santos Ferreira, presidente do conselho de administração da instituição bancária.

O rácio «cost-to-income» registou uma melhoria. Em 2004 o rácio situou-se nos 66,3% e em 2005 cedeu para os 59,7%, um sentido também seguido pelo rácio de rendibilidade dos capitais próprios que se situou nos 18,4% no final de 2005, o que compara com os 17,5% observados em 2004.

O crédito sobre clientes ascendeu a 51,3 mil milhões de euros, ou cerca de 57% do activo, destacando-se o contributo da actividade individual da CGD, num total de 45,4 mil milhões de euros. Entre as filiais, de salientar a contribuição do Banco Simeón, com 2 mil milhões de euros (13,4%), e da Caixa Leasing e Factoring, com 1,5 mil milhões de euros (1,9%), destaca o banco.

Crédito à habitação cresce mais de 9%

O destino principal dos créditos concedidos é para aquisição de habitação, «o qual absorveu 28,7 mil milhões de euros», o que representa um acréscimo de 9,2% face a igual período homólogo.

O crédito com incumprimento da CGD diminuiu passando de 2,7% no ano anterior para os 2,6% no período em análise.

O banco adianta ainda que «o saldo de balanço de provisões e imparidade foi reforçado em 204 milhões de euros (+16,5%), tendo totalizado 1.434 milhões de euros, o que representa uma cobertura de 128,1% face ao crédito e juros vencidos há mais de 90 dias».

No que respeita às quotas de mercado, a CGD diz «manter uma posição de topo na banca de retalho em Portugal, com as suas quotas de mercado nos depósitos de clientes a ultrapassar os 30%, cabendo aos segmentos de particulares e emigrantes, respectivamente, 36% e 39%».

«No crédito a clientes a quota da CGD ascendeu a 22,1% do mercado, destacando-se o crédito à habitação com 33,5% e o crédito ao sector público administrativo, com cerca de 51%. Na actividade seguradora, a quota de mercado da produção do ano atingiu 22,3%, distribuída pelo ramo vida (16,6%) e pelo não-vida (34,3%)», acrescenta a entidade bancária no mesmo comunicado.

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