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Lucros dos CTT caem 50% para 10 milhões até Setembro

Os Correios fecharam os primeiros nove meses do ano lucros de 9,9 milhões de euros, uma queda de 49,3% impulsionada pelos gastos não recorrentes de 16.3 milhões do plano de reestruturação em curso.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Outubro de 2018 às 16:55
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Os CTT tiveram lucros de 9,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um resultado que representa uma queda de 49,3% face ao mesmo período de 2017 e mantém a trajectória descendente dos resultados líquidos que a empresa tem registado nos últimos trimestres.  A empresa justifica este resultado pelos gastos não recorrentes associados ao plano de reestruturação em curso no montante de 16,3 milhões de euros pelo pagamento de indemnizações decorrentes das rescisões.

Durante o mesmo período, as receitas recorrentes dos CTT cresceram 1,3% para 524,8 milhões de euros e 2,3% tendo em conta só o terceiro trimestre. Uma performance impulsionada pela área de Expresso & Encomendas, cujos proveitos cresceram 14,7%, do Banco CTT que registou um aumento de 26,6% nas receitas e também do negócio de Correio (+0,9%). Mas que não foi suficiente para compensar o crescimento dos custos da empresa liderada por Francisco Lacerda (na foto).  

A única rubrica dos CTT que não seguiu a tendência de crescimento dos proveitos foi a dos serviços financeiros, que registou uma queda de 29% para 30,7 milhões de euros.

Os gastos operacionais recorrentes aumentaram 9,9 milhões de euros (+2,2%) no período em análise para um total de 459,8 milhões de euros fruto do plano de reestruturação em curso, ou como os CTT denominam Plano de Transformação Operacional), bem como do "aumento dos gastos variaríeis associados ao crescimento do tráfego de Expresso e Encomendas em Portugal e Espanha, que contribuiu para o crescimento nos gastos directos" em mais 12 milhões de euros, detalha a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Já os custos com pessoal caíram 1,7% para 250 milhões de euros.  No final de Setembro, o número de trabalhadores dos CTT (efectivos do quadro e contratados a termo) era de 12.590, menos 253 face ao mesmo período do ano passado.

Em comunicado enviado às redacções, os CTT sublinham, contudo, que "os gastos operacionais recorrentes estabilizam no terceiro trimestre (+0,3%), fruto do Plano de Transformação Operacional em curso, que permitiu uma poupança nos gastos recorrentes de 9 milhões de euros até Setembro, estando já garantida uma poupança de 14 milhões de euros para 2018, acima das previsões iniciais".

O EBITDA recorrente dos nove meses situou-se em 65 milhões, uma queda de 4,6% e cuja evolução foi afectada pela redução nos serviços financeiros e Banco CTT, que não foi totalmente compensada pelo aumento no Correio e Expresso e Encomendas, refere a empresa.

Queda do tráfego do correio supera estimativas

Apesar dos proveitos do segmento te Correio terem aumentado, a queda do tráfego foi superior à prevista. As receitas cresceram impulsionadas pela evolução positiva do mix de produtos com o crescimento do trafego de correio internacional a destacar-se (+22,9), e devido ao aumento efectivo do preço médio (+3,9%).

Já o tráfego de correio endereçado registou uma queda superior ao limite máximo esperado (-5% a 6%), ao cair 7,1%.

O Banco CTT, que está presente em 212 lojas, fechou Setembro com 317 mil contas abertas e registou "um crescimento dos rendimentos de 26,6% nos 9 meses de 2018, para 17 milhões de euros, sobretudo alavancado pelo crescimento da margem financeira (+3,4 M€).

No terceiro trimestre do ano o banco "atingiu máximos de produção de crédito habitação e de crédito ao consumo. Este foi também o melhor trimestre de 2018 em abertura de novas contas", sublinham os Correios.


(notícia actualizada)
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