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Lucro do Banco Montepio dispara em 2022 para 33,8 milhões de euros
Banco atribui este resultado ao aumento do produto bancário, sobretudo a margem financeira, às comissões e à redução dos custos operacionais.
O Banco Montepio fechou as contas do ano passado com um lucro consolidado de 33,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 27,2 milhões de euros face aos 6,6 milhões registados em 2021, informou a instituição esta segunda-feira em comunicado ao mercado. Este resultado significa uma melhoria de 400%, ou seja, quintuplicou o resultado líquido.
"Esta evolução favorável foi determinada pelo aumento do produto bancário, com destaque para a margem financeira e para as comissões, pela redução dos custos operacionais e pelas menores dotações para imparidades e provisões, em particular as relacionadas com o risco de crédito", explica o banco no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
A instituição financeira destaca o facto de os resultados positivos se manterem à seis trimestres consecutivos, com o produto bancário core a ascender aos 372 milhões de euros, traduzindo um aumento homólogo de 24,7 milhões de euros. A margem financeira cresceu 8,1% e as comissões 5,1%.
Em termos de crédito aos clientes (líquido de imparidades) aumentou para os 11,7 mil milhões de euros, um aumento de 0,7% face a dezembro de 2021. Os depósitos também subiram, totalizando 13,1 mil milhões de euros, numa variação homóloga de 3,2%.
Qualidade dos ativos melhora
A qualidade dos ativos também apresentou uma melhoria, com redução da exposição do banco ao imobiliário e com maiores níveis de cobertura de imparidades.
O custo do risco de crédito foi de 0,1%, o que compara com os 0,4% registados em 2021, "suportado no aumento da qualidade da carteira de crédito concedido", refere o Banco Montepio, destacando a "edução das exposições não produtivas (NPE) em 328 milhões de euros (-34%) face ao valor de 31 de dezembro de 2021, com o rácio NPE a fixar-se em 5,3%, e a comparar favoravelmente com os 8,0% apurados no final de 2021, materializando a maior descida anual no rácio (-2,7 p.p.) dos últimos 7 anos".
Também se verificou o "reforço dos níveis de cobertura dos NPE por imparidades para 56,5% (53,5% em 31 de dezembro de 2021) e para 103,9% (96,0% no final de 2021) se considerados os colaterais
e as garantias financeiras associadas.
A instituição destaca ainda a "forte redução da exposição ao risco imobiliário para os 398 milhões de euros (-30%) no final de 2022, representando apenas 2,1% do total do ativo (2,9% no final de 2021)".
Tudo num ano em que se tornou o banco com o Conselho de Administração "mais paritário da banca nacional - sete mulheres (58%) e cinco homens (42%) - fazendo deste "o colégio pioneiro em termos de equilíbrio de género".
(Notícia atualizada às 9:30 com mais informação)