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Lucro do Banco Empresas Montepio sobe 37% para 1,7 milhões de euros até junho

De janeiro a junho, a margem financeira do Banco Empresas Montepio totalizou 3.499 milhões de euros, um acréscimo de 22% face ao período homólogo "determinado pelo forte aumento dos juros da carteira de crédito em 682 milhões de euros".

O Banco Montepio, liderado por Pedro Leitão, passou de lucros a prejuízos em 2020.
DR
Lusa 02 de Setembro de 2022 às 11:29
O Banco Empresas Montepio (BEM) obteve um lucro de 1,7 milhões de euros no primeiro semestre, mais 37% do que no mesmo período de 2021, e quase quadruplicou o resultado operacional, para 2.203 milhões, anunciou a instituição.

"Neste período ocorreu um significativo reforço líquido de imparidades e provisões, em grande medida associado a ativos (crédito e imóveis) pré-existentes à criação do BEM (cerca de 1,4 milhões de euros), que acabaram por reduzir o resultado líquido para cerca de 433 milhões de euros. No entanto, o resultado líquido estimado para a atividade própria do BEM (a iniciada em meados de 2019) ascendeu a 1,7 milhões de euros, contra 1,3 milhões de euros no semestre homólogo de 2021 (+37%)", avança em comunicado.

Assim, até junho, a imparidade para riscos de crédito ascendeu a 1.094 milhões de euros, "determinada em grande medida" pela referida operação pré-existente à atividade do BEM iniciada em 2019 (877 milhões de euros).

No comunicado agora divulgado, o BEM diz terem sido cooptados para a administração do banco os atuais administradores do Banco Montepio, Pedro Leitão, Ângela Barros e Isabel Silva, "que assumirão funções logo que obtidas as competentes autorizações pela autoridade de supervisão".

A cooptação, deliberada na reunião do Conselho de Administração da passada quarta-feira, resulta da renúncia dos administradores Carlos Tavares, Nuno Mota Pinto, Pedro Ventaneira e Leandro Silva, que eram comuns ao Banco Montepio e nele cessaram funções em 25 de julho.

De janeiro a junho, a margem financeira do BEM totalizou 3.499 milhões de euros, um acréscimo de 22% face ao período homólogo "determinado pelo forte aumento dos juros da carteira de crédito em 682 milhões de euros".

As comissões ascenderam a 1.942 milhões de euros no primeiro semestre, aumentando em 835 milhões de euros (+75%) face ao período homólogo em resultado de ganhos com comissões originadas pela área de banca de investimento.

No primeiro semestre, os custos operacionais do BEM atingiram 2.592 milhões de euros, registando uma subida homóloga de 306 milhões de euros para a qual o banco diz ter sido "determinante o aumento dos custos com pessoal de 151 milhões de euros e dos gastos gerais administrativos em 144 milhões de euros".

O 'cost-to-income' (que mede a relação dos custos sobre os proveitos), excluindo os resultados em operações financeiras e os outros resultados de exploração, atingiu 47,6% no final do primeiro semestre de 2022, comparando com 57,4% apurados no mesmo período de 2021.

Já o crédito a clientes (bruto) situou-se em 423.455 milhões de euros, "refletindo um acréscimo de 91.151 milhões de euros (+27%) face ao valor observado no período homólogo, fruto da dinâmica comercial implementada".
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