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Líder da AEP dá exemplo pessoal para enaltecer a bolsa

O presidente da AEP exorta os empresários a verem a bolsa como um instrumento facilitador da sucessão empresarial. No congresso europeu sobre esta temática que está a decorrer na Exponor, José António Barros lembrou a venda da sua participação na Cinca, há 20 anos, aos suíços da Laufen.

31 de Janeiro de 2012 às 11:06
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O presidente da AEP exorta os empresários a verem a bolsa como um instrumento facilitador da sucessão empresarial. No congresso europeu sobre esta temática que está a decorrer na Exponor, José António Barros lembrou a venda da sua participação na Cinca, há 20 anos, aos suíços da Laufen.

Os processos de sucessão empresarial poderão ser “facilitados se as empresas estiverem cotadas em bolsa, no primeiro ou mesmo no segundo mercados, assegurando a transparência das suas demonstrações financeiras e do seu real valor, e a liquidez e facilidade da transacção dos seus títulos”, afirmou, esta manhã, José António Barros, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), na abertura do Congresso Europeu da Sucessão Empresarial, que decorre na Exponor.

“Refiro, concretamente, esta situação e as suas vantagens porque eu próprio, há vários anos, me defrontei com um problema de sucessão que resolvi, a contento de todos, através de uma transacção em bolsa para um outro operador concorrente, e a minha ex-empresa ainda hoje existe, de excelente saúde, mantendo até o nome que lhe demos há perto de cinquenta anos”, lembrou o líder da AEP.

José António Barros reportava-se a 1992, quando vendeu a Cinca, então líder cerâmico que o pai fundara, aos suíços da Laufen. Na sequência da decisão do irmão, dois anos antes, de vender a sua participação na empresa, Barros ficou refém da Laufen. Preferiu então alienar a sua posição. Mais tarde, confessou: “Foi o dia mais triste da minha vida.”

Voltando ao congresso de hoje, o líder da AEP, antes mesmo de enaltecer o papel da bolsa na resolução do problema da sucessão empresarial, enunciou outros caminhos: “Convém referir que, muitas vezes, não será possível a transição para sucessores naturais, na acepção de descendentes, por ausência ou desinteresse destes, podendo e devendo então recorrer-se a outros mecanismos, a passagem do controlo da empresa para os seus quadros dirigentes ou directores, não familiares, através de operações de MBO, ou para outras empresas, através de processos de concentração empresarial, que permitam a manutenção dos postos de trabalho e do aparelho produtivo, e que possam manter e até aumentar o valor económico da empresa, em face das sinergias e do aumento de escala resultantes”, frisou José António Barros.

De resto, enfatizou Barros, “ao facilitar o processo de transferência de empresas entre gerações, estamos a contri­buir para a construção de um tecido empresarial mais dinâmico e robusto, inserido na economia do país de forma mais competitiva, coesa e socialmente justa”.
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