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Lego: O futuro peça a peça

Jorgen Vig Knudstorp assumiu a liderança da Lego em 2004. Dez anos passados, o CEO faz um balanço e revela quais as estratégias para o futuro da companhia, numa entrevista ao “The Wall Street Journal”.

Negócios 16 de Abril de 2014 às 18:24
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Peça a peça, a Lego constrói-se há 82 anos. Agora, num mundo cada vez mais digital, a marca anuncia a sua vontade: manter-se fiel aos blocos de plástico que mudaram o rumo da empresa na década de 1950.

 

Quem o garante é Jorgen Vig Knudstorp, o dinamarquês de 45 anos que está à frente da marca desde 2004. “O que nos distingue é o facto de não desejarmos abandonar as nossas construções em formato físico. Procuramos formas inovadoras de complementar esta dimensão física”, revelou em entrevista ao “The Wall Street Journal”.

 

Em 10 anos, Knudstorp resgatou a empresa da falência iminente e quase quadruplicou a sua receita, informa a publicação norte-americana. Entre as suas decisões contam-se a venda do parque temático Legoland e um catálogo de produtos mais focado. A estratégia resultou: em 2012 a Lego ultrapassou a Hasbro e tornou-se a segunda maior companhia de brinquedos. À sua frente, a Mattel. 

 

Novas Etapas

 

Depois de um ano singular em 2012, a Lego não quer abrandar o ritmo de crescimento. Em 2013, ano em que a empresa fechou com quase 14 mil funcionários, o lucro cresceu apenas 9% quando comparado com os 35% registados no ano anterior.

 

São dois os principais adversários da empresa dinamarquesa: as marcas de brinquedos ‘low cost’ bem como a maior presença de ‘tablets’ e outros ‘gadgets’ nas rotinas das crianças. A Lego quer batê-los, mantendo em simultâneo um “preço razoavelmente constante” nos seus produtos.

 

“Precisamos de fazer crescer o mercado para conseguirmos crescer também”, esclarece Knudstorp, que deseja dar a volta a um ramo tendencialmente estanque. A empresa quer distinguir-se da concorrência e apostar em novos mercados, como o asiático, para garantir crescimento futuro.

 

Moldável aos contextos, a Lego reconhece o sucesso dos videojogos da marca mas quer encontrar “maneiras mais interessantes para envolver a experiência da construção física”. Os primeiros passos já foram dados, com a passagem de um brinquedo tendencialmente neutro para a introdução de figuras e narrativas, num processo que quer alcançar novos públicos.

 

A Lego associou-se assim a outras marcas de sucesso, não só no universo infantil. Minecraft, Disney, Harry Potter ou O Senhor dos Anéis são algumas delas. “Queremos ter a certeza de que somos a primeira escolha [para os brinquedos da marca]. Se alguém tem uma grande história, nós queremos fazê-la”, concluiu.

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