O banco espanhol La Caixa, um dos maiores accionistas do BPI, não faz qualquer comentário à Oferta Pública de Aquisição (OPA).

O La Caixa detém cerca de 16% do BPI e segundo uma fonte do banco contactada pelo Jornal de Negócios Online, «não vamos fazer qualquer comentário sobre a oferta», pelo menos neste momento. Os brasileiros do Itau controlam também 16% do capital do BPI, com os alemães da Allianz a controlarem mais de 8%.

Ontem o BCP lançou uma OPA sobre o BPI, onde ofereceu 5,70 euros por cada acção, ou 4,33 mil milhões de euros, do banco liderado por Fernando Ulrich, o que representa um prémio de 19% face ao preço de fecho das acções na sexta-feira.

Desde a semana passada que os rumores de que o BPI podia ser alvo de uma OPA cresceram, depois do banco ter anunciado que ia propor a alteração da blindagem dos votos para 17,5%, um movimento que de acordo com vários analistas aumenta a exposição do banco, principalmente em relação a uma oferta por parte dos maiores accionistas actuais, como o caso do La Caixa e do Itaú.

A reacção das acções do BPI na sessão de ontem reflecte, de alguma forma, a convicção de que mercado acredita que vai surgir uma OPA concorrente, adiantaram alguns analistas ao Jornal de Negócios.

As acções do BPI [bpin] encerraram a ganhar quase 26% para os 6,03 euros, o que supera os 5,70 euros, valor oferecido pelo BCP. Hoje corrigem mais de 2% mas mantém-se acima da contrapartida da OPA somada do dividendo de 0,12 euros.

A imprensa espanhola adianta hoje possíveis interessados em entrar na corrida ao BPI, como o La Caixa, o BBVA, o Santander ou o Sabadel.