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La Caixa com 7,1 a 12,6 mil milhões para compras na banca

O Criteria, a "holding" que agrega as participações financeiras do La Caixa tem uma folga financeira de 7,1 a 12,6 mil milhões para aquisições no sector bancário. As contas são da UBS que diz que os espanhóis poderão ter um papel-chave na consolidação da

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O Criteria, a "holding" que agrega as participações financeiras do La Caixa tem uma folga financeira de 7,1 a 12,6 mil milhões para aquisições no sector bancário. As contas são da UBS que diz que os espanhóis poderão ter um papel-chave na consolidação da banca em Portugal. A casa avalia cada acção do BPI em 7,50 euros e mostra-se favorável aos termos iniciais da proposta da fusão.

Num estudo publicado hoje a iniciar a cobertura das acções da Criteria Caixa Corp, a UBS calcula que a "holding" poderá conseguir uma verba entre 7,137  e 12,634 milhões de euros para financiar compras no sector da banca.

Este dinheiro poderá ser conseguido através de um maior endividamento, através de pagamentos feitos pelo La Caixa (que poderá diluir a sua participação), através de desinvestimentos na actual carteira de activos ou, eventualmente, através de um reforço de capitais próprios.

No estudo, os analistas Ignacio Sanz e Pedro Baptista dizem que a Criteria poderá "desempenhar um papel-chave na consolidação" em vários sectores, como as "utilities", as energéticas e a banca. Neste último segmento, "através do BPI no mercado português".

A UBS recorda o papel "activo" que o La Caixa teve na rejeição da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo BCP [BCP]. Sobre a proposta de fusão apresentada a 25 de Outubro "vemos um potencial de criação de valor caso a oferta seja feita com um rácio de 0,5".

Este rácio (0,5 acções do BPI por uma do BPC) foi a proposta original do BPI que, entretanto, foi rejeitada pela administração do BCP. As conversações continuam.

O banco suíço avalia cada acção do BPI em 7,50 euros, o que tem implícito um potencial de valorização de 39% face à cotação de fecho de ontem.

BPI em contra ciclo chega a subir mais de 3%

As acções do Banco BPI estão a contrariar a tendência das restantes cotadas do mercado nacional.

O BPI seguia a apreciar 2,6% para 5,53 euros, tendo avançado um máximo de 3,15% durante a negociação. Ontem, os títulos do banco liderado por Fernando Ulrich chegaram a descer mais de 2% e fixaram um novo mínimo de Março de 2006 (desde a OPA do BCP) ao tocarem nos 5,34 euros.

A movimentação descendente das acções do BPI surge após a apresentação da proposta de fusão com o BCP, anunciada em 25 de Outubro. Neste período, e até hoje, os títulos perderam mais de 15%, o que se traduziu numa perda de 744 milhões de euros de valor de mercado.

Desde a proposta, o BCP também tem perdido valor (686 milhões de euros). As acções do maior banco privado nacional recuam hoje 0,66% para 3,02 euros, tendo já quebrado a fasquia dos 3 euros. No acumulado, desde o dia 25 de Outubro, o BCP já caiu mais de 5%.

A descida dos títulos do banco liderado por Filipe Pinhal poderá estar relacionada com o facto do preço das acções do BCP estar correlacionado com o do BPI, em virtude da oferta apresentada, que prevê a atribuição de uma acção da nova instituição (Millennium BPI) por cada dois títulos do BPI.

À cotação actual das acções do BPI, a proposta de fusão avalia o BCP em 2,77 euros, o que compara com o preço actual de 3,02 euros das acções do banco liderado por Filipe Pinhal, ou seja, o BCP está a transaccionar 15,37% acima do preço implícito na proposta.

Com base na preço actual dos títulos do BPI, o rácio de troca é de 1,83 acções do BCP por cada título do BPI.

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