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Juiz intima 10 dirigentes da Afinsa e Escala Group a depor

Um juiz espanhol citou hoje 10 dirigentes da sociedade filatélica Afinsa e da sua filial norte-americana Escala Group, empresas envolvidas numa alegada burla de milhar de milhões de euros, para deporem.

02 de Fevereiro de 2007 às 16:23
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Um juiz espanhol citou hoje 10 dirigentes da sociedade filatélica Afinsa e da sua filial norte-americana Escala Group, empresas envolvidas numa alegada burla de milhar de milhões de euros, para deporem.

No auto, hoje divulgado, o juiz Santiago Pedraz da Audiência Nacional em Madrid, cita Joaquín Abajo Quintana (secretário do Conselho de Administração da filatélica); Tomás Olalde Martín (conselheiro externo desde Janeiro de 2003); Antonio Giménez-Rico Roda (director de Organização e Meios); e José Fernando Galindo del Río e Francisco Jiménez Marañón, ambos da direcção.

Também deverão prestar declarações Ramón Egurbide Urigoitia, chefe de operações na Europa de Escala Group; Esteban Pérez Herrero, conselheiro honorário de Afinsa e presidente de corporação estratégica de Escala Group; Rafael Pedro Noguero Galilea, director da área económica e financeira de Afinsa; Fernando Burdial Hurdisan, director da rede comercial, e Bernardo Valero Valero, director da Área de controlo orçamental e estratégico.

Dos depoimentos prestados por estas pessoas poderão sair eventuais novas acusações.

As empresas filatélitcas Afinsa e Fórum Filatélico estão actualmente sob administração judicial, depois dos seus responsáveis serem acusados de burla que deixou um buraco financeiro estimado em 4.400 milhões de euros, afectando centenas de milhares de clientes.

Até agora foram já acusadas 16 pessoas, que integram os conselhos de administração, as direcções gerais e as auditorias das duas empresas, que são acusados de burla, delitos contra a Fazenda Pública, branqueamento de capitais, insolvência punível, administração desleal e falsificação documental.

Depois das detenções iniciais, no ano passado, a procuradoria espanhola continuou a investigar vários fluxos financeiros entre o Fórum Filatélico e outras sociedades, através de comissões criadas pela Audiência Nacional para contactos com as autoridades de seis países, entre eles Portugal.

Na sequência dessas investigações, foram já descobertas novas contas dos responsáveis da empresa.

Também no caso da Afinsa avançam os inquéritos fora de Espanha, tendo a comissão enviada aos Estados Unidos concluído já a sua análise da filial norte-americana Escala Group, actualmente alvo de queixa do regulador norte-americano "Securities and Exchange Comission" (SEC).

Sobre a Escala, 67% da qual detida pela Afinsa, pendem já 10 queixas em vários tribunais dos Estados Unidos.

O auto divulgado hoje coincide com apelos junto dos tribunais por afectados pela burla da Afinsa que pretendem que se paralise a venda da filial Afinsa Philagroup, decidida pela administração concursal.

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