As audições sobre a liberdade de expressão em Portugal começam hoje, com o ex-director do Público, José Manuel Fernandes, a ser o primeiro a ser ouvido pela Comissão de Ética. De acordo com o “Público”, o PS vai chamar também jornalistas e outros intervenientes no caso da alegada vigilância do Governo a Belém.

A primeira ronda de audiências parlamentares solicitada pelo PSD sobre a situação da liberdade de expressão em Portugal começa hoje, com José Manuel Fernandes a ser o primeiro ouvido pela comissão. Estão agendadas sessões para os dias 17, 18 e 19.

A primeira audição está agendada para hoje às 15h, seguindo-se a audição de Mário Crespo, jornalista da SIC, às 16h45m.

Amanhã é a vez de António Costa, director do “Diário Económico”, e de Alberto Arons de Carvalho. No dia 19, Felícia Cabrita, jornalista do “Sol”, e Armando Vara serão os intervenientes ouvidos pela comissão de Ética.

PS envolve Cavaco nas audições

O PS vai propor que sejam ouvidas mais pessoas pela comissão de Ética, levando ao Parlamento o caso das alegadas escutas a Belém. O alargamento da lista vai ser amanhã votado.

De acordo com o “Público”, o PS que reabrir este caso, propondo que sejam ouvidos os jornalistas do “Público”, Tolentino de Nóbrega e Luciano Alvarez, dois dos autores das notícias que davam conta das “preocupações” da Presidência sobre a possibilidade de estar a ser vigiada.

A jornalista Teresa de Sousa, também do “Público”, Lília Bernardes, correspondente do “Diário de Notícias” na Madeira, Luís Delgado, jornalista e comentador, Nuno Santos, director de programa da SIC, Augusto Santos Silva, ministro da Defesa e ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, e um representante do Conselho de Redacção do “Diário de Notícias”, estão entre os nomes acrescentados à lista de audições proposta pelo PS.

O partido queria ainda chamar Fernando Lima, assessor político de Cavaco Silva, mas esta proposta foi vetada.